Com novo corpo diretório, a associação quer aperfeiçoar destinos com a certificação de toda a cadeia que envolve o acolhimento de pacientes estrangeiros no País
Fundada em 2011, a ABRATUS — Associação Brasileira de Turismo de Saúde anuncia uma reestruturação com objetivo de alavancar ainda mais o turismo de saúde no Brasil, através da gestão de um novo corpo diretório, comandado pela nova presidente da instituição Julia Lima. A organização social trabalha para integrar e certificar mercados e serviços, desenvolvendo e promovendo o Brasil para pacientes de todo o mundo como o melhor destino turístico de saúde.
Segundo a executiva, a Associação está remodelando a equipe de gestão para atualizar os estatutos, ampliar e alargar o conselho deliberativo. “Queremos estar mais atuantes e representar o Brasil de forma excelente no exterior e, por isso, vamos atrair as entidades de classe representativas das centenas de atividades econômicas do turismo e da saúde nos nossos conselhos deliberativo e administrativo”, explica.
O Brasil já é um destino de saúde que se desponta no exterior e isso se comprova no crescimento de números de estrangeiros que procuram os consultórios, clínicas, hospitais, spas e hotéis brasileiros para realizar procedimentos médicos e odontológicos, e também tratamentos de bem-estar. “Temos um potencial imenso, porém sabemos que há muito para ser explorado não somente para tratamento de doenças existentes, mas, além disso, buscar soluções preventivas, integrativas, mais longevidade e — por que não — aliar saúde, bem-estar e beleza.
Podemos exemplificar com um paciente que vem ao país para fazer uma cirurgia plástica — há um reconhecimento internacional em relação aos procedimentos feitos no país — e permanece por algum tempo para uma reabilitação completa, aproveitando a oportunidade para cuidar melhor de si, buscando outros tratamentos e até passando por uma reeducação alimentar”, detalha Julia Lima.
Uma das grandes vantagens do Brasil no turismo de saúde — além dos reconhecidos profissionais de medicina, toda estrutura hospitalar e médica — é a beleza dos estados e cidades turísticas, e também nos recursos naturais que proporcionam uma cura mais integrativa. “Em todo o território nacional há diferentes tipos de climas e paisagens — montanhas, praias, fauna e flora abundante —, propícios para diferentes tipos de reabilitações, com ambientes perfeitos para que o paciente também aproveite para se elevar espiritualmente e emocionalmente. Aqui também temos águas, plantas, regiões com ar puro e diversos outros fatorem que contribuem para a cura. Porém, precisamos vender melhor nosso turismo de saúde e atrair ainda mais recursos para o Brasil nesse segmento”, explica a presidente da ABRATUS.
A associação realiza um trabalho de certificação que segue os padrões internacionais de turismo de saúde e fará workshops, cursos presenciais e on-line, e visitas técnicas para prestação de consultoria. “Para que o nosso país seja excelente nesse segmento e tenha cada vez mais reconhecimento internacional, toda a cadeia de reabilitação, de espaço, de clínicas, spas médicos, hospedagens, alimentação, transportes, dentre outros serviços relacionados, devem ser polidos e aperfeiçoados neste talento de cuidar de pessoas. Afinal, já há um reconhecimento profissional e na relação médico–paciente mais calorosa do brasileiro, das boas estruturas, lindas paisagens naturais, do povo que é vaidoso e que se preocupa com o bem-estar e dos atrativos econômicos (tratamentos mais baratos); mas isso precisa ser melhor trabalhado, divulgado e vendido lá fora pela ABRATUS em parceria com a EMBRATUR. Esse é o nosso objetivo: posicionar nosso país de forma efetiva, consistente, competitiva e divulgar ainda mais o turismo do Brasil no mercado Global”, relata Júlia.
No papel de preparar destinos, a ABRATUS pretender eleger cidades — cerca de três por ano — para inserir e desenvolver cada uma das medidas de aperfeiçoamento e potencialização do turismo de saúde. “Vamos começar com São Paulo, Porto Alegre e Recife, até alcançarmos todo os estados brasileiros, e a partir disso conversar e negociar com os destinos parceiros, que são os da América Latina. Vamos participar dos mais importantes congressos e feira globais — como o World Medical Turism Congress — onde normalmente a competitividade é grande, e organizar a divulgação dos produtos nacionais de forma que o Brasil brilhe dentre os demais atrativos do nosso continente”, descreve.
O Brasil registrou, ao longo de 2017, o maior número de entradas de estrangeiros no país em toda a sua história, num total de 6.588.770. São 42 mil visitantes a mais do que em 2016, por ocasião dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro; e do registrado em 2014 (6.429.852 turistas), por causa da Copa do Mundo. “Sendo otimista, mesmo com toda essa estimativa ainda acreditamos que podemos dobrar o número de turistas, principalmente daqueles que chegam ao País em busca de saúde e qualidade de vida. Queremos receber ao menos 2 milhões de pacientes até 2030 e impactar pessoas dentro e fora do país. Mas, para tanto, dependemos do aperfeiçoamento dos destinos, hospedagens e tudo o que envolve e acolhe esse turista”, finaliza.