Especialista do Centro Universitário Senac destaca mudanças provocadas pela tecnologia, como a possibilidade de hóspedes fazerem o próprio check-in
O uso da tecnologia por empreendimentos hoteleiros está cada vez mais forte e, muitas vezes, surpreendente. Já existem empresas em que os aplicativos substituem tarefas de funcionários, como é o caso do KViHotel, em Budapeste. Por meio do smartphone, o hóspede pode fazer o check-in um pouco antes de chegar ao hotel. Ele mesmo escolhe o quarto em que quer ficar e o seu celular torna-se a chave da unidade habitacional. Tudo isso de forma autônoma, sem enfrentar filas e fora dos padrões convencionais.
O aplicativo do hotel de Budapeste que transforma o smartphone do hóspede em chave do quarto também funciona como controle remoto do apartamento. “Esse modelo tende a se disseminar por todo o mundo, e o gestor hoteleiro deve estar atento a esse novo ambiente tecnológico que aporta na atividade do setor para as próximas décadas”, afirma Antônio Bonfato, professor da pós-graduação Gestão de Meios de Hospedagem do Centro Universitário Senac.
Por causa da expansão do uso da tecnologia, os empreendimentos já têm sido planejados dentro dessa lógica. Toda a implementação do hotel, desde o número de apartamentos, funcionários necessários até os serviços ofertados, é baseada nas tecnologias a serem adotadas no espaço. De acordo com o professor, os índices entre o número de apartamentos em relação a funcionários necessários têm diminuído nos últimos anos.
O cargo de telefonista, por exemplo, foi praticamente extinto. Essa função representava, em 1996, em hotéis da categoria luxo, 0,05 funcionário por apartamento, segundo dados da Jones Lang LaSalle, Soteconti Auditores Independentes e Hotel Investment Advisors (HIA). Em 2015, esse índice passou para 0,01. Outro exemplo é o de profissionais da área de alimentos e bebidas, que representavam, na mesma categoria de hotéis, 0,65 em 1996, e 0,32, em 2015, por apartamento.
“A redução não é apenas consequência da melhora das competências dos funcionários – que têm se tornado cada vez mais multifuncionais –, mas também pela intensificação da adoção da tecnologia da informação em muitos processos que antes necessitavam de intervenção humana”, afirma o professor.
Antônio pondera que “essa realidade pode dar a impressão de que o uso intenso da tecnologia gera menos empregos, mas o que ela faz é exigir novas competências que, anteriormente, não eram necessárias”. Na opinião do professor do Centro Universitário Senac, para haver mais efetividade na gestão dos negócios, é necessário que o gestor se atualize e busque uma formação mais específica.
Inovação e competitividade
Atentos às mudanças do mercado, os empreendedores do segmento têm implementado modelos de negócios considerando, por exemplo, a adoção de comandas eletrônicas nos restaurantes e o uso de TVs inteligentes nas unidades habitacionais. “A tecnologia influencia diretamente na relação diária com os hóspedes. Para eles, os instrumentos tecnológicos proporcionam facilidade e comodidade de acompanhar seus gastos diários até realizar um pré check-out desde a unidade habitacional”, destaca Antônio.
Alguns hotéis disponibilizam apps que permitem a compra de refeições em restaurantes das proximidades em horários em que o room service está indisponível. O professor explica que essa nova prática permite que os empreendimentos hoteleiros reduzam seus gastos operacionais, melhorando a lucratividade e o fluxo de caixa.
A atualização constante de informações e a rápida resposta por parte do empreendimento são essenciais para que as novas tecnologias sejam utilizadas com eficácia. Segundo Antônio, poder contar com dados atualizados em qualquer momento ou lugar, dentro ou fora do hotel, é fundamental para que o cliente sinta-se assistido em tempo real pela empresa.
“Essa mobilidade e praticidade possibilitam maior sensação de segurança no cliente, notadamente em ambientes ou destinos desconhecidos a ele. Da mesma maneira que o smartphone é, hoje, um instrumento multifuncional, adequado a diversas formas de uso, a criação de apps que facilitam essa relação é outro fator decisivo para o gestor hoteleiro que busca maior competitividade no setor”, destaca o professor do Centro Universitário Senac.
Processo seletivo – o Centro Universitário Senac está com inscrições abertas para os cursos de graduação presencial e a distância do 2º semestre de 2019. As vagas presenciais são para os três campi — em Santo Amaro, na capital e Águas de São Pedro e Campos do Jordão, no interior — além das unidades Tiradentes e Lapa Scipião, também na capital paulista. Os interessados que optarem pela graduação EAD podem se inscrever em um dos mais de 300 polos espalhados pelo Brasil.
Referência em educação – há 30 anos, o Centro Universitário Senac trabalha para desenvolver o potencial empreendedor em seus alunos durante todo o processo de aprendizagem, aliando teoria à prática e proporcionando vivências inovadoras e oportunidades de internacionalização do conhecimento por meio de parcerias institucionais. Por sua excelência educacional e qualidade da infraestrutura disponibilizada a alunos e funcionários, o Centro Universitário Senac possui nota 5 na avaliação do Ministério da Educação para os cursos presenciais e a distância.
SERVIÇO:
Centro Universitário Senac
Graduação | Período de inscrição | Taxa Inscrição | Informações e Inscrições |
Presencial | Até 7/6
Vestibular em 16/6 |
R$ 50 | www.sp.senac.br/vestibular |
EAD | Até 12/8 | Isento | www.ead.senac.br/graduacao |