No dia 17 de junho entra em vigor o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que libera a necessidade de vistos de entrada para americanos, japoneses, canadenses e australianos. Desde o fim de 2017, cidadãos desses países já podiam obter o documento pela internet, sem precisar comparecer a um consulado, acelerando e barateando o processo. E os resultados já apareceram, segundo diversos índices relacionados ao turismo brasileiro.
Na visão do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), por exemplo, a decisão de liberar o visto eletrônico foi acertada e teve grande impacto nos números alcançados pelo setor no país em 2018, quando a receita gerada pelo turismo cresceu 3,1%, uma das mais elevadas altas na América do Sul, o dobro da economia brasileira, gerando 6,9 milhões de empregos (7,5% do total de trabalhos gerados no país), trazendo cerca de US$ 6,2 bilhões, 12,8% de alta em relação a 2017. O turismo de lazer foi responsável por 88% desse resultado e o restante ficou por conta das viagens corporativas.
Um bom começo, sem dúvida, mas é necessário continuar avançando, com a transformação do decreto nº 9.731 em lei, consolidando o benefício na Constituição e estendendo-o a outros países grandes emissores de turistas, como a China, cujas negociações já foram iniciadas.
Com o decreto assinado pelo Presidente da República, espera-se que os números do turismo brasileiro alcancem patamares ainda maiores, pois americanos, japoneses, canadenses e australianos poderão ficar até 90 dias no Brasil, prorrogáveis por mais 90, em um período de 12 meses. A entrada vale para lazer, negócios, trânsito, atividades artísticas e desportivas e situações excepcionais.
O visto eletrônico gerou um resultado bem acima da expectativa, o que só confirma o enorme e real potencial turístico que temos a explorar. A liberação da entrada de turistas desses quatro países pode ir além das estimativas da Organização Mundial de Turismo (OMT) e do WTTC que preveem que as recentes medidas de facilitação de vistos devem aumentar em até 25% a chegada de turistas internacionais ao Brasil.
Como já ficou demonstrado em inúmeros destinos mundiais, o setor de turismo pode ser a grande alavanca da economia brasileira. Essa certeza é compartilhada pelo nosso presidente Jair Bolsonaro que tem a compreensão que a atividade, por si só, é capaz de gerar investimentos em outras áreas fundamentais para o desenvolvimento sócio econômico, como infraestrutura, segurança, mobilidade, entre outras.
Tenho certeza que a decisão do presidente em apostar no turismo como nunca antes no país é o começo de uma série de ações que serão desenvolvidas através de uma política firme e contínua de apoio irrestrito aos empresários e empreendedores, possibilitando, assim, a conquista de novos mercados e a consolidação do destino Brasil no mundo.
Manoel Cardoso Linhares – Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional