A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) está preocupada com as proporções dos incêndios que atingem a região do Pantanal, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MME), o bioma é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e, além disso, ocupa 1,76% da área total do território brasileiro.
“A região é extremamente turística e mundialmente famosa. Recebemos, inclusive, milhares de turistas internacionais por conta da diversidade e riqueza do ecossistema. Com a pandemia, tivemos uma queda expressiva do faturamento dos empreendimentos de hospedagem e alimentação do Pantanal. Agora, com esses incêndios, vemos uma situação muito preocupante que, inclusive, tende a se agravar”, explica Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).
No começo do mês de agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) avaliou que em 48 horas, foram manifestados 193 focos de incêndio. No fim de julho, a Força Aérea buscou auxiliar a região com a disponibilização de água nas áreas de mais difícil acesso, entretanto, a situação continua preocupante.
Luís Carlos Nigro, diretor da FBHA e presidente do Sindicato Intermunicipal dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Mato Grosso, avalia que todas as 63 pousadas da região apresentam prejuízos expressivos.
“A taxa de ocupação desse ano chegou, até agora, em 5,30%. Foi registrado também uma queda de faturamento de mais de 90% no setor. Para o ano que vem, vemos um grande comprometimento na região, portanto, teremos um cancelamento ainda maior por conta da gravidade da situação. Já passávamos por um momento delicado por conta da pandemia e, agora, fomos pegos de surpresa com esse terrível incêndio”, explica Nigro.