Hotelaria reaquece turismo no interior do estado do Rio de Janeiro

Le Canton

Foto: Fábio Caldeira

 

Flexibilização de funcionamento foi um dos fatores primordiais para a retomada do setor

Representante oficial dos meios de hospedagem do estado, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) tem atuado em diversas frentes para garantir a sobrevivência da hotelaria e, consequentemente, de seus colaboradores diretos, neste cenário de pandemia. Ao longo do período, a presidência da associação encaminhou cartas às prefeituras locais com requisições de pleitos importantes para a retomada do turismo no interior do estado. 

Por conta de pleitos atendidos, os meios de hospedagem de cidades turísticas das regiões da Costa do Sol, Costa Verde, Serrana, Vale do Café e Agulhas Negras comemoram o reaquecimento do setor a partir do aumento da capacidade de funcionamento, que está entre 40 a 100%. Os calendários de eventos de lazer estão proibidos em todo o estado, mas alguns municípios flexibilizaram entre 40 e 50% para eventos corporativos. Tudo isso alinhado ao cumprimento dos protocolos de segurança no combate à Covid-19.

Segundo a ABIH-RJ, as taxas de ocupação variam nos municípios do interior, até mesmo os que fazem parte de uma mesma região, por conta das medidas de flexibilização impostas por cada prefeitura. Na Costa do Sol, em Búzios, uma das últimas cidades a flexibilizar a entrada de turistas, a alta procura tem ocorrido mais nos fins de semanas, assim como no último feriado (07/09). Atualmente, a taxa de ocupação hoteleira está em torno de 80%. Um fator preponderante foi a recente liberação das praias para recreação de segunda a sexta feira. Já em Cabo Frio, a procura tem sido mediana e ficado em torno dos 50%, já que a capacidade de funcionamento é menor que na cidade vizinha, o uso das piscinas dos meios de hospedagem ainda está proibido e as praias seguem interditadas. A flexibilização está ainda mais restrita em Arraial do Cabo, em que os ônibus de turismo estão proibidos de entrar na cidade, com barreiras sanitárias que só permitem a entrada de carros com turistas que tenham reserva nos hotéis da cidade, com a devida comprovação por meio de documento.

A região da Costa Verde foi a última a ter as flexibilizações em seus dois principais municípios indutores do turismo, mas, mesmo assim, tem sinalizado alta procura nos finais de semana. No momento, Angra dos Reis está com 70% da capacidade de uso dos seus meios de hospedagem, e Paraty, com 50%.

Em Itatiaia, na região das Agulhas Negras, a flexibilização da capacidade já está em 100% e a taxa de ocupação tem registrado lotação máxima. No Vale do Café, a flexibilização da capacidade de funcionamento está entre 40 e 70%, e existe uma grande procura por toda a região.

E a região Serrana também registra uma alta demanda, com diferença entre as permissões de capacidade de uso dos meios de hospedagem em cada município. Em Petrópolis, no momento, a permissão é de somente 50%, e em Teresópolis, os meios de hospedagem estão operando com 70% da capacidade.

Funcionamento de resorts e pousadas do interior do estado

O Le Canton, em Teresópolis, tem registrado ­100% de ocupação, dentro da capacidade permitida pelo município, que é de 70%. Os hóspedes, em sua maioria, estão à procura de lazer e descanso, longe dos grandes centros. Para atender a essa demanda, além das regras já adotadas por toda a hotelaria brasileira, distribuindo álcool gel e sugerindo o distanciamento social entre os hóspedes, o Le Canton colocou em uso algumas novas tecnologias. O check-in começa ainda em casa, com acionamento por um aplicativo com reconhecimento facial; e chegando no hotel, somente uma pessoa da reserva deve se apresentar na recepção e pegar a chave. Na saída, o check-out deve ser agendado por aplicativo. O hotel também adotou um intervalo de 24 horas para a utilização da acomodação por novos hóspedes.

O Portobello Resort & Safári, em Mangaratiba, retomou suas atividades em julho e também tem registrado 100% de ocupação, dentro da capacidade permitida (70%). O resort tem seguido todos os mais modernos protocolos de higiene e segurança sanitária, como a aferição de temperatura de hóspedes e funcionários, higienização intensificada em áreas comuns e apartamentos, entre tantas outras medidas de prevenção à Covid-19. Ainda na recepção, o check-in é feito digitalmente pelo reconhecimento facial e com uso de cartões magnéticos de fácil higienização. E na área do restaurante, o buffet é servido por funcionários que utilizam luvas, máscaras e face shields. A Porto Imperial, em Paraty, do Grupo Portobello, tem registrado 100% de ocupação, nos fins de semana, dentro dos 50% de capacidade permitida, no momento. A pousada também adotou os principais protocolos de higiene e segurança sanitários, como o uso permanente de máscaras nas áreas comuns e oferta de álcool gel 70% nas áreas comuns e acomodações.

Na pousada Brisas de Búzios, na Costa do Sol, a taxa de ocupação tem oscilado entre 30 e 40%, com maior fluxo de visitantes nos fins de semana. Entre as medidas adotadas para garantir a segurança do hóspede estão a modificação no café da manhã para o serviço à la carte; arrumação dos quartos realizada apenas na entrada e saída, mas com troca de lençóis e toalhas, se solicitado, entregues em sacolas plásticas higienizadas; e capacitação constante dos colaboradores. 

No Hotel Santa Amália, em Vassouras, região do Vale do Café, a ocupação tem aumentado gradativamente desde o início de agosto, dentro da capacidade permitida pelo município (50%), e recebido um público diferente – mais jovem, composto por famílias e crianças, bem diferente do público da Melhor Idade, que costumava frequentar a região. Entre os protocolos de segurança adotados para conter o coronavírus, o local passou a realizar o check-in online; instalou diversos totens com álcool em gel; e a fazer a limpeza dos quartos apenas após o check-out dos hóspedes.

“Como a grande maioria dos empreendimentos no interior não é de redes hoteleiras, os hotéis independentes têm um desafio grande para se adaptar ao novo normal, com mudanças profundas na prestação de serviços e venda de seu produto. Mas, estamos muito otimistas com esta retomada, e em receber nossos hóspedes com toda segurança e excelência em qualidade”, ressalta Paulo Michel, presidente da ABIH-RJ.

Divulgação: Arteiras Comunicação

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