Pesquisa indica retomada do turismo, e setor hoteleiro acelera contratações para o final do ano

Maioria dos brasileiros afirma se sentir segura para viagens com o avanço da vacinação. Apesar disso, estabelecimentos que não mantiverem os protocolos de segurança serão evitados, segundo o levantamento

Com a flexibilização cada vez maior das restrições de circulação, os brasileiros estão menos receosos com as viagens, e a maioria já ensaia visitar outros lugares logo que estiverem com a imunização em dia. Segundo pesquisa da Bare International, que avaliou o comportamento e as pretensões de consumo no atual estágio da pandemia, 76% dos entrevistados afirmaram que pretendem viajar já nos próximos meses, após completarem o ciclo de vacinação. Os outros 24% alegaram que, mesmo se vacinados, não se sentem seguros em viajar antes que a pandemia passe completamente. Quem comemora e já se movimenta para dar conta da retomada integral do turismo é o setor de hotelaria, que intensificou a busca por mão de obra para a reta final do ano.

Um levantamento feito pela startup Closeer, que atua desde 2019 conectando empresas e trabalhadores para vagas temporárias, sendo o setor de hospedagem um dos mais presentes na plataforma, mostrou que as oportunidades de jobs cresceram mais de 400% neste ano, comparado com 2020. Walter Vieira, CEO da Closeer, acredita que o crescimento considerável de contratações é um reflexo da dificuldade das empresas em repor um quadro de pessoal que foi desmantelado pela pandemia. A opção pelos freelancers, segundo ele, se deve não apenas ao medo de futuras restrições, mas indica ainda o surgimento de uma nova tendência de mercado.

“Esses números mostram que as empresas continuam receosas com o período de recessão econômica e com a possibilidade de novas regras de distanciamento, dependendo de um agravamento da doença. Por isso, elas optam por relações de trabalho mais flexíveis. Ao mesmo tempo, observamos que, até mesmo antes da pandemia, os próprios trabalhadores passaram a enxergar esse modelo autônomo como uma alternativa viável, pois proporciona maiores possibilidades de ganhos e liberdade na prestação dos serviços”, afirma.

Para Vieira, esse conceito baseado em relações mais flexíveis de trabalho e auxílio da tecnologia – conhecido como gig economy – pode caminhar lado a lado com a garantia de direitos. “No caso da Closeer, o sistema limita a quantidade de jobs que um mesmo colaborador e empresa podem fechar em um determinado intervalo de tempo, para evitar que a parceria se torne uma relação em que o trabalhador se dedica somente a um estabelecimento, sem que receba os devidos direitos. Há liberdade para decidir quando e com quais outras empresas deseja atuar. Ao aceitar um serviço, ele também passa a contar com um seguro que custeia eventuais cuidados médicos e outros imprevistos, em casos de incidentes que aconteçam desde o trajeto até o fim do trabalho combinado”, explica o CEO da empresa.

De acordo com a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), a previsão é de que cerca de 560 mil vagas temporárias surjam somente neste último trimestre. 60% das contratações, segundo a entidade, serão impulsionadas pela Indústria, seguido de 25% setor de Serviços, que inclui os hotéis. Os outros 15% correspondem ao Comércio. A Assertem estima que, somente no primeiro semestre deste ano, os empregos temporários tenham gerado um volume de renda de mais de R﹩ 3,36 bilhões em todo o País.

 

Protocolos devem permanecer

A pesquisa feita pela Bare International ouviu 596 pessoas, maiores de 18 anos, no mês de setembro, e revelou ainda que, mesmo encorajadas a retomar os velhos hábitos, as novas práticas sanitárias devem se manter por muito tempo. 50,01% dos entrevistados afirmaram estar vacinados com as duas doses ou a dose única, ainda assim, 69% deles alegaram que preferem evitar estabelecimentos que não seguem os protocolos de prevenção à doença. A gerente geral da Bare no Brasil, Tânia Alves, faz um alerta ao setor hoteleiro.

“No geral, as pessoas já entenderam que daqui para frente será necessário ter mais cautela com práticas consideradas básicas, desde a higienização das mãos, por exemplo, até o cuidado com o preparo de comidas e limpeza de ambientes. Em relação aos hotéis, que normalmente recebem pessoas de diferentes lugares, fica o alerta para os gerentes, pois mesmo com o fim total do isolamento e das restrições, o cliente será mais criterioso quanto aos ambientes que frequenta”, garante.

Divulgação: compliancecomunicacao.com.br

Os comentários estão desativados.

Mais Notícias



VOLTAR