Depois de quase dois anos de pandemia, o Rio de Janeiro — cidade aberta ao abraço e à confraternização — está retomando suas atividades culturais no tão falado “novo normal”. E é nesse espírito de retomada e de otimismo cauteloso que o Instituto Cultural Cravo Albin (ICCA) e da Insight Comunicação estão lançando o Almanaque Carioquice 2022, que está na quinta edição. Desta vez, a publicação apresenta lugares e histórias da cidade, sob a ótica da diversidade. Nela, as pessoas estão no centro da questão, todas sendo retratadas sob o ângulo da inclusão, do acolhimento, da generosidade, mostrando ao leitor a pluralidade cultural e comportamental do carioca e do povo que o cerca.
O almanaque traz dicas de vários passeios e cantinhos aconchegantes da cidade, assim como sugestões gastronômicas e espaços revitalizados em 2020 e 2021. “O diferencial do almanaque está na originalidade da informação. É uma espécie de revista de revelações e surpresas estimulantes e positivas da Cidade Maravilhosa. O carioca foi muito prejudicado pela crise sanitária, pois ele é o mais fraterno dos brasileiros, comportamento que a pandemia reprimiu por conta do distanciamento social”, disse Ricardo Cravo Albin, presidente do ICCA.
Nessa edição, ainda em função da pandemia, o lançamento do Almanaque será por meio de uma campanha de marketing digital para elevar o moral dos moradores do Rio, através de links patrocinados e stories no Instagram (@almanaquecarioquice) e no Facebook, e também de matérias e artigos no site do guia. Além disso, serão publicados vídeos com depoimentos de personagens citados na publicação.
Com 128 páginas, o Almanaque Carioquice revela a herança imperial deixada pela presença da Família Real portuguesa na cidade, como é o caso do tradicional bairro de São Cristóvão, onde ficam a Quinta da Boa Vista e o antigo jardim zoológico, atual BioParque do Rio. Aberto em março de 2021, logo na entrada, é possível caminhar numa espécie de viveirão, uma área superior a 1,3 mil metros quadrados e que é habitada por mais de 170 aves de 42 espécies distintas, inclusive algumas ameaçadas de extinção. É uma verdadeira imersão tropical.
Outro ponto de destaque é a Aldeia Maracanã, localizada no antigo prédio do Museu do Índio, nas proximidades do Estádio Mário Filho. Com a mudança do acervo para sua atual sede em Botafogo, a construção ficou abandonada e foi ocupada por cerca de 20 índios de diversas etnias, dando origem a aldeia. Eles reivindicam o espaço para abrigar o grande contingente de indígenas residentes no perímetro urbano. O processo corre na justiça e a ideia é criar, no nano território, um Centro de Referência da Cultura Viva dos Povos Indígenas.
Na Zona Sul, tão badalada pelos turistas que visitam a orla de Copacabana ao Leblon, o guia indica duas paradas obrigatórias que já fazem parte da cultura do carioca: a Academia ao Ar Livre, no Aterro do Flamengo, com vista para o Pão de Açúcar, e o Parque Natural Municipal Paisagem Carioca, que unifica as áreas de proteção ambiental situadas entre os bairros do Leme, Botafogo e Urca. No espaço de 160 hectares podem ser observadas ruínas históricas, diversas árvores nativas e espécies da fauna como sanhaçu, anu, coruja, gavião-carijó e mico-estrela. Recantos com mesas e banquinhos e parquinho infantil complementam a espetacular paisagem carioca.
Já na Zona Oeste da cidade o almanaque destaca o legado sobre rodas deixado pela Rio 2016. Em junho de 2021, a pista de Mountain Bike do Parque Radical de Deodoro foi reativada por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Esportes, a Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (Feccierj) e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). O parque é a segunda maior área de lazer da cidade, com 500 mil metros quadrados de espaço a céu aberto e um dos legados dos Jogos Olímpicos, com capacidade para receber mil pessoas diariamente.
Também na região, o guia exalta a Lagoa da Tijuca, conhecida como o Pantanal Carioca, um paraíso semisselvagem em meio aos prédios da Barra da Tijuca, que abriga o evento Ilha Cultural — A arte está na rua, congregando artesãos, designers e decoradores locais na Gigoia, a maior entre as nove pequenas ilhas do arquipélago da região. A feira ocorre quinzenalmente aos sábados, das 10h às 19h, reunindo 23 expositores em cada edição. A programação pode — e deve — envolver um passeio de barco pelos canais da Lagoa da Tijuca, em que se avistam inúmeras espécies de pássaros, garças, mergulhões, miquinhos, capivaras e jacarés-de-papo-amarelo.
Uma curiosidade interessante que o almanaque destaca foi o lançamento, no dia 28 de junho de 2021 (Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+), o Patrimônio Cultural Carioca do Circuito da Diversidade. O roteiro é sinalizado por uma série de placas contendo nomes de lugares ou personalidades gays que marcaram espaços da cidade com suas atuações. A inciativa foi provida pela Secretaria de Cultura da Cidade do Rio, em parceria com a Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual (Ceds) e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. O objetivo foi honrar o Rio como o título de cidade gay friendly. “Abraçar a diversidade e a pluralidade é a cara do Rio, que é referência para o Turismo nacional e internacional Ricardo Albin.
O guia ainda traz dicas de gastronomia, espaços ao ar livre e fechados para serem visitados e descobertos, provando a pluralidade de encantos que a cidade oferece, para todos os gostos.
O Almanaque está disponível no site: (https://carioquice.insightnet.com.br/) e no Instagram @almanaquecarioquice