O bom funcionamento do setor de turismo depende da coordenação de esforços de diversos órgãos de segurança pública e da viabilidade de aplicação de consequências mais rigorosas para as infrações, a fim de evitar os episódios de desordem urbana e insegurança que se repetem a cada verão.
Essa foi a tônica da reunião de diretoria do HotéisRIO (Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro), que aconteceu nesta terça-feira (1/02) no Rio Othon Palace, em Copacabana, e contou com a presença de representantes de órgão de segurança e ordem pública.
O presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, ressaltou que a segurança possui transversalidade com todos os segmentos econômicos. “Um clima de insegurança atrapalha todos os negócios, em especial os da hotelaria, que é um dos pilares do turismo. Temos aqui diversos setores presentes, entre eles shopping centers, organizadores de eventos, entre outros que integram o Conselho de Turismo da Associação Comercial e que, juntos, são grandes pagadores de impostos, só perdendo para o setor de petróleo. Este setor precisa ser priorizado na agenda pública”.
Responsável pela Operação Copacabana Presente, o capitão Rosemberg disse que o bairro é a região com o maior número de agentes de segurança pública por metro quadrado. Segundo a PM, somente na Operação Verão são envolvidos cerca de 800 policiais.
A delegada-adjunta da DEAT (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo), Daniele Bullus, defendeu a importância de incluir Defensoria Pública, Ministério Público, e o Poder Judiciário neste debate, já que existem entraves legais que limitam a atuação da Polícia Civil e da Polícia Militar: “Grande parte dos crimes são furtos praticados por menores e que, após detidos, são rapidamente liberados. Há uma dificuldade legal em mantê-los longe das ruas por um tempo”.
O presidente do HotéisRIO afirmou que serão agendadas reuniões com Ministério Público e Conselho Tutelar, entre outros, para debater alternativas para a situação.