Ano negro para os vinhos da França
Quinze minutos de caos. No dia 7 de junho, foi registrada ao sul da Côte des Bar, a terceira pior tempestade de granizo da história de Champanhe. O saldo do desastre: além da destruição da safra de 2012, pelo menos um terço da colheita do próximo ano está comprometido.
A aldeia de Urville e os crus vizinhos de Bergères, Meurville e Baroville, que compreendem um total de 670 hectares, foram as áreas mais atingidas. Grande parte das plantas atingidas eram vinhas de pinot noir.
Em Urville, os 189 hectares de vinhas da aldeia foram completamente destruídos. A região não irá produzir uvas neste ano. Para piorar a situação, pelo menos 30% da produção do ano que vem ficou comprometida por conta da violência do dilúvio.
“A partir de hoje, não temos estoque mais segurança em nossas adegas e cada nuvem que passa será vigiada de perto”, disse Michel Drappier, da casa do mesmo nome e principal produtor da região.
A temporada tem sido particularmente complicada na França. No último dia 30 de maio, um dilúvio de 30 minutos comprometeu fortemente a colheita na região de Saumur-Champigny, no Loire. Dias antes, uma tempestade de granizo atingiu em cheio os municípios de Castelnau-Rivière-Basse e Madiran, no sudoeste da França. Em Bordeaux, na mesma época, o problema foram as inundações. Em meados de maio, uma violenta tempestade de granizo danificou cerca de seis mil hectares de vinhas em Côtes-de-Provence e Côteaux-Varois. Outras regiões francesas, como Rhône e Languedoc, também sofreram com intempéries nesta temporada.