Mulheres buscam cada vez mais espaço no setor de food service

Emanuelle Perry e Bruna Dutra Castro. Crédito/Foto: Divulgação

 

Exemplos encorajam a participação feminina e contribuem para a inclusão

Não é de hoje que as mulheres enfrentam discriminação de gênero no mercado de trabalho, e no segmento de food service isso não é diferente. Falta de conciliação entre vida profissional e pessoal, disparidade salarial e dificuldade para conquistar posições de liderança são apenas alguns dos obstáculos. Apesar dos avanços conquistados, ainda existem barreiras que afetam negativamente a carreira profissional das mulheres e precisam ser superadas. Um exemplo disso é a ausência de mulheres na lista dos dez principais nomes do The Best Chef Awards 2023.

No entanto, há indícios de mudanças promissoras nesse ramo. O documentário “Her Name is Chef”, de 2019, mostra um grupo de chefs mulheres em seus locais de trabalho, desafiando os estereótipos de gênero que persistem. Essa abordagem revolucionária contribui para a desconstrução de padrões desatualizados sobre os papéis femininos na culinária. Um exemplo do progresso é a Coca-Cola Company, que apoia ativamente o Women’s Foodservice Forum (WFF) há mais de duas décadas e visa ser 50% liderada por mulheres globalmente até 2030.

Além disso, as mulheres têm demonstrado excelência nas habilidades culinárias, beneficiando os estabelecimentos de food service com um ambiente mais inclusivo e diversificado. Isso abre novas perspectivas de negócios, colaboração e uma visão mais abrangente para a indústria da gastronomia.

No entanto, ainda há desafios pela frente. No mercado brasileiro, as mulheres representam a maioria dos trabalhadores em bares e restaurantes; mas, o número de restaurantes com estrela Michelin liderados por elas no país é irrisório. Também foi somente neste ano que uma mulher foi eleita presidente do Instituto Foodservice Brasil, fundado em 2013. Em fevereiro, Danielle Garry assumiu o cargo, marcando um momento histórico para o segmento.

Na avaliação de Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas, empresa desenvolvedora do ERP EVEREST, software de gestão para bares e restaurantes, as mudanças estão ocorrendo de forma gradual, mas consistente. “É inegável que as mulheres enfrentam desafios no mercado de trabalho, especialmente no setor de food service, onde a discriminação de gênero é uma realidade persistente. No entanto, estamos testemunhando movimentos significativos rumo à igualdade de oportunidades e reconhecimento do talento feminino”.

Na ACOM Sistemas, por exemplo, destacam-se programas de incentivo à liderança feminina e de conscientização sobre a equidade de gênero, considerados essenciais para superar barreiras e promover um ambiente de trabalho inclusivo. Tudo começa na seleção, que já garante uma busca efetiva de candidatos do sexo feminino para as vagas ofertadas pela empresa.

Na ACOM,  figuras como Emanuelle Perry, 47, Product Owner (PO), e Bruna Dutra Castro, 31, desenvolvedora de software, contribuem como inspiração, não só para o segmento de food service, mas também para o de tecnologia, que é predominantemente masculino no Brasil.

“O preconceito ainda afeta a ascensão na carreira de algumas mulheres na área de tecnologia,onde são subestimadas por terem suas habilidades e conhecimentos questionados. Porém, cada dia vejo este cenário em transição considerável. Atuo com confiança, dedicação, comprometimento e ótimo relacionamento com os clientes, o que faz muita diferença”, diz Emanuelle Perry.

“Comecei a atuar com tecnologia no setor de alimentos em 2019. Hoje, lidero a equipe de suporte PRIME e exerço a função como desenvolvedora nesta equipe e também na de desenvolvimento da ACOM. Para mim, sucesso é sinônimo de inclusão. O aumento da representatividade das mulheres no setor de food service reflete isso: no foco, dedicação e vontade de aprender a cada dia. É quando a preparação encontra a oportunidade”, conclui Bruna Dutra Castro.

MAIS INFORMAÇÕES: www.everestfood.com.br

Divulgação: Engenharia de Comunicação