Segmento tem crescido e é fator motivador de 18,6% dos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil
O ecoturismo ou turismo ecológico foi o principal motivo para uma em cada quatro viagens domésticas realizadas à lazer no Brasil em 2021. O dado do Boletim do Turismo Doméstico Brasileiro, desenvolvido pelo Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), demonstra o quanto a atividade tem se tornado potente no Brasil. O segmento já entrou para a lista de motivos que ampliaram as viagens pelo país, com um acréscimo de 5% em relação ao ano anterior (2020).
No Dia do Turismo Ecológico, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, lembra o potencial dos atrativos naturais do Brasil, que é um dos maiores do mundo. “Temos 145 unidades de conservação nacional que ofertam cachoeiras, trilhas, esportes radicais e potencializam nosso capital turístico. Mas é preciso responsabilidade ao visitar esses locais, por isso, vamos trabalhar, junto com todos os órgãos do governo, defendendo um turismo cada vez mais sustentável, preservando a natureza e movimentando a economia dessas regiões”, pontuou.
O turismo ecológico também foi responsável pela atração de 18,6% de turistas estrangeiros que vieram ao país em 2019 em busca de lazer, segundo a Demanda Turística Internacional, desenvolvida pelo Ministério do Turismo. Entre os principais emissores destes viajantes estão países como China, México e Japão. Este último, inclusive, foi o que mais procurou os destinos turísticos brasileiros com atividades de ecoturismo.
“Fomentar o turismo internacional também é nossa prioridade e o ecoturismo enche os olhos dos estrangeiros. Estou em Portugal cumprindo uma série de agendas para dar visibilidade aos nossos destinos, atraindo não só turistas, mas também potenciais investidores”, completa a ministra Daniela Carneiro que participa nessa semana da Bolsa de Turismo de Lisboa, uma das feiras mais importantes do turismo na Europa.
O crescimento do segmento também foi evidenciado no aumento das visitações nas 145 unidades de conservação federais, administradas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Em 2021, foram contabilizadas 16,7 milhões de visitas. O número é o maior registrado em pelo menos cinco anos, superando o cenário pré-pandemia de Covid-19 — em 2017, quando foram registradas 10,7 milhões de visitantes.
A Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, em Santa Catarina, lidera o ranking das unidades mais visitadas. O território inclui, por exemplo, as praias dos municípios de Palhoça, Garopaba, Imbituba e Laguna, no litoral sul catarinense. O destino oferta ainda uma experiência única de admirar, por terra, as baleias que passam pelo local.
TENDÊNCIAS – O Ministério do Turismo listou, recentemente, algumas tendências a serem mais trabalhadas em 2023, como as “Viagens Regenerativas” e o “Etnoturismo”. A primeira consiste na busca do turista por viagens cada vez mais ecologicamente conscientes, com menos impactos e mais regeneração ao meio ambiente. Já a segunda tem como objetivo ser uma proposta um mergulho na cultura, vivência e rituais de povos originários e comunidades tradicionais, e tudo isso, claro, respeitando os costumes e tradições locais.
SUSTENTABILIDADE – No plano de 100 dias de governo, lançado no início de fevereiro pelo Ministério do Turismo, a sustentabilidade é um tema prioritário e estratégico. Por isso, a Pasta já conta na sua estrutura com uma coordenação de Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para promover “sustentabilidade e mudanças climáticas”. Também já está em desenvolvimento, um curso de extensão sobre turismo responsável e sustentabilidade no turismo voltado aos gestores públicos, que, posteriormente, poderão atuar como multiplicadores.
O plano está dividido em cinco eixos estratégicos: Diálogo; Sustentabilidade e mudanças climáticas; Carnaval; Estruturação de destinos e redução do preço das passagens aéreas para democratizar o acesso da população à aviação no país.
BOLETIM – O Boletim do Turismo Doméstico Brasileiro de 2021 contou com as respostas de 71,5 milhões de domicílios no Brasil (500 mil a mais do que na pesquisa de 2020, quando foram consultados 71 milhões de domicílios brasileiros), sendo que em 12,7% deles ocorreu pelo menos uma viagem nos três meses anteriores à entrevista. No total, foram analisadas 12,3 milhões de viagens em 2021.
As informações dos Boletins quantificam os fluxos de turistas nacionais entre as diferentes regiões do país e para o exterior. Os anos de 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia da Covid-19, portanto, os resultados podem refletir uma mudança de comportamento em decorrência das restrições impostas pela emergência sanitária.
Acesse AQUI a matéria também no portal do Ministério do Turismo.