FBHA participa de sessão no Senado sobre o Perse

Representantes dos setores de turismo e eventos lotaram o Plenário
Foto: MMULER por Agência Senado

 

Em debate no plenário do Senado Federal, entidade defende programa que beneficia setor de eventos

Na manhã desta terça-feira (5), a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) participou da Sessão de Debates Temáticos, cujo tema “Debater os impactos para o Setor Hoteleiro da extinção gradual do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse)”, reuniu diversas autoridades e representantes do ramo de hotelaria, gastronomia e eventos.

Na ocasião, a FBHA foi representada pela assessora jurídica da entidade, Dra. Lirian Cavalhero, que reforçou a importância do Perse e seus efeitos no setor de hotelaria e gastronomia. “O Perse é um programa suprapartidário, é uma iniciativa que não é um projeto de governo, é um programa de Estado para a manutenção de emprego e renda neste país. Para a continuidade de todas aquelas empresas que durante a pandemia se mantiveram abertas sem ter nenhuma lucratividade, que foi a maioria das empresas de eventos e dos hotéis que se mantiveram abertos, com seus equipamentos abertos, sem nenhum hóspede. Agora, vocês imaginem cento e tantos quartos sem nenhum hóspede durante quase dois anos”, comentou Lirian.

 

Lirian Cavalhero (Jurídico da FBHA) – Divulgação

 

Após o governo federal revogar os benefícios fiscais concedidos pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) por meio da Medida Provisória (MP) 1.202/2023, o programa vem sendo discutido com tenacidade por todos os setores afetados, especialmente o de eventos. A MP foi publicada sem que houvesse a formação de um diálogo prévio com os setores que seriam diretamente afetados.

“Nós estamos aqui hoje como empresários. O Perse está computado em todas as empresas até 2027; e ele tem um motivo para estar computado até 2027.  A maioria das empresas do nosso setor não demitiu, manteve pagando empregado, porque não tinha como depois achar essa mão de obra, e pagou ou através da lei da manutenção ou através do Pronampe, e estão pagando isso até hoje. Portanto, elas têm dívidas até hoje a serem pagas. E sem o Perse, como é que se vão fazer o pagamento desta dívida? De onde esse dinheiro vai sair se elas ficarem paradas durante dois anos? E, usando o jargão – que não é um jargão, é uma verdade -, fomos os primeiros a fechar e fomos os últimos a abrir”, finalizou a advogada.

 

FBHA participa de sessão no Senado sobre o Perse – Divulgação

 

Como teve força de lei e vigência imediata, a MP publicada substituiu a lei que prorrogou a desoneração. Atualmente, a medida aguarda análise do Congresso. Para a FBHA, é esperado que a isenção fiscal do PERSE seja mantida pelo prazo estabelecido em sua Lei instituidora, a fim de que as empresas possam honrar os compromissos assumidos. Aguarda-se, também, que os deputados e senadores rejeitem a MP 1.202/23 em sua totalidade, mediante uma exitosa e ampla mobilização empresarial nesse sentido.

 

Sobre a FBHA – A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) é uma entidade sindical patronal constituída com a finalidade de coordenação, defesa administrativa, judicial e ordenamento dos interesses e direitos dos empresários da categoria e atividades congregadas. Integra a chamada pirâmide sindical, constituída pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pela própria FBHA, pelos Sindicatos e pelas empresas do setor.

É uma das maiores entidades sindicais do país e tem representação nos principais órgãos, entidades e conselhos do setor empresarial e turístico do Brasil, tais como o Conselho Nacional de Turismo (CNT), do Ministério do Turismo, ou o Conselho Empresarial do Turismo (Cetur) da CNC. Está presente em quase todas as regiões, através de 67 sindicatos filiados. Representa em âmbito estadual e municipal cerca de 940 mil empresas, entre hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares.

Divulgação: Proativa Comunicação