Com decoração e menu repaginados, unidade espanhola da renomada casa de carnes está pronta para celebrar seus 20 anos, endossando lá fora o êxito alcançado no Brasil
Prestes a completar 20 anos, o Rubaiyat Madrid está de cara nova, sem perder a essência dos sabores que fazem da rede brasileira uma marca de excelência em suas sete unidades – quatro no Brasil, uma no Chile e uma na Argentina, além do endereço espanhol, nacionalidade de seu fundador. Foi em 1951 que Belarmino Fernández Iglesias emigrou da aldeia Rosende, na Galícia, para o Brasil – abriu o primeiro Rubaiyat em 1957, em São Paulo.
Com projeto de interiores assinado por Alejandra Pombo, a reforma do salão principal da casa madrilenha durou cinco meses e entregou um ambiente que busca se aproximar da percepção de sala de casa. A ideia era atualizar o conceito de “parrilla” com um cenário quente e contemporâneo que recupera a memória gaúcha, o estilo e a família, com o fogo mais à vista.
A reabertura aconteceu no início deste mês, prenunciando a temporada da famosa feijoada no cardápio, iniciada no sábado, 14. Com panelas disponíveis em sistema de self service, como aqui, o prato brasileiro ocupa o cardápio aos sábados durante todo o inverno local, com previsão de encerramento entre março e abril.
“Nossa operação de Madrid é muito dinâmica. Durante o verão, temos uma das terrazas mais espetaculares da cidade, e durante o inverno, agora temos um dos salões mais bonitos da região”, diz Victor Iglesias.
Neto do fundador e filho de Belarmino e Ana Lúcia Iglesias, ele representa, ao lado do irmão Diego Iglesias, a terceira geração à frente do Rubaiyat.
“Nesta reforma, nós deixamos o restaurante mais modular, com capacidade de crescer durante dias com muita demanda, e ter ambientes privativos, tanto para eventos sociais como corporativos”, completa Diego.
Além do salão principal e da terraza, o local oferece “camarotes” privativos e uma sala para eventos independente com capacidade para até 120 pessoas.
Victor e Diego Iglesias se juntaram à operação em 2017, quando o pai recomprou o Rubaiyat da Alantra (Mercapital), que em 2012 havia se associado a Iglesias.
Da fazenda ao prato – O Rubaiyat Madrid sempre focou muito na carne, e vem expandindo seus horizontes ao valorizar produtos de temporada diretamente da horta. “Queremos dar destaque a ingredientes de pequenos produtores e sustentaveis. Agora é época de Abóbora e Cogumelos na Espanha. No verão, os tomates são espetaculares. Na primavera, aspargos brancos. Todos esses produtos surgem aqui com um toque de brasa”, argumenta Victor.
Os clássicos, como batata doce, cebola e puerro, todos feitos nas cinzas do carvão, estão sempre “em cartaz” no cardápio.
“Toda a seleção de hortifruti passa por criteriosas escolhas e envolve parcerias com pequenos produtores que estão alinhados com o nosso conceito: produzir o melhor produto e servi-lo o mais fresco possível”, observa Diego.
Um dos pratos preferidos do madrilenho é o Tomahawk, um corte de animal dry-aged por 60 dias, de 2,5kg, para ser dividido entre 4 pessoas.
Outro ponto de orgulho para o madrilenho são os pescados, e por isso o Rubaiyat incluiu o Lenguado Evaristo e o Besugo, ambos pescados brancos, feitos na brasa, para compartilhar entre 2 pessoas.
Os dois irmãos sustentam o orgulho de levar o churrasco e a pecuária brasileira para fora de seu país, o que se reflete também em criações tipicamente brasileiras presentes no menu espanhol, como arroz biro-biro, farofa, mandioca frita e o corte que cá conhecemos da picanha, peça igualmente bem cotada por lá.
“O Rubaiyat completa 20 anos em 2026 e queríamos celebrar essa data com cara nova. Madrid é uma das cidades mais competitivas do mundo em nível conceitual e gastronômico. Nesses 20 anos, o cenário mudou muito, e queríamos reforçar ainda mais a nossa identidade, aproximar o cliente do produto, e trazer a sensação de estar em casa”, conclui Victor
Após a reforma, o Rubaiyat Madrid — pioneiro na introdução de cortes de raça Angus e carnes brasileiras e argentinas na cidade — se fortalece.
“Completar vinte anos em uma cidade como Madrid é motivo de muito orgulho. É um conceito que sabíamos que funcionava no Brasil, mas que ainda não existia na Espanha dessa forma. Na época, os assadores eram clássicos, com poucos cortes de carne europeia. Madrid é uma cidade exigente, mas generosa: exige que você seja o melhor, mas oferece muito reconhecimento e grandes amigos”, diz Diego.
Na Galícia, a família Iglesias mantém o Pazo de Rivas, vinícola e fundação que “homenageia as origens da família”, com produção de vinhos e compromisso social voltado à formação em hotelaria e turismo na região de Sober.
Saiba mais em: https://gruporubaiyat.com/