06 a 08/06 – Concours Mondial Spirits Selection, pela 1ª vez em um país da América Latina, premiará melhores destilados do mundo, no Brasil

por migracao

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Entre as 720 amostras de todo mundo, 238 são de destilados brasileiros, sendo 220 só de cachaça, a grande aposta do concurso


É nesta semana – de 06 a 08 de junho – que acontece, pela primeira vez em um país da América Latina, a 15ª edição do Concours Mondial Spirits Selection, uma das maiores competições internacionais de destilados. O evento itinerante tem a credibilidade do Concours Mondial de Bruxelles, conceituado organizador de concursos de bebidas do mundo.


Para abrigar um evento desse porte, uma cidade à altura, com muitas belezas naturais e considerada uma das ilhas mais “badaladas” e muito frequentada por turistas, Florianópolis, em Santa Catarina. “A opção do Costão do Santinho como sede foi para termos um local com tanto prestígio quanto o concurso. Costão foi premiado pela sétima vez como o melhor resort de praia do país”, diz Zoraida Lobato, diretora da Market Press Evento, promotora do concurso no Brasil.


Ao todo são cerca de 720  amostras de cachaças, runs, whiskies, vodcas, cognacs, brandies, piscos e grappas, 205 a mais que no ano passado. São destilados provenientes da Alemanha, Bélgica, Chile, China, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Martinica, México, Peru, Portugal, Republica Dominicana e Taiwan, por exemplo.


O Brasil participa com o maior número de amostras: 238, sendo 220 só de cachaça e 18 entre grappa e vodca. São destilados de muitas partes do Brasil, mostrando as características e particularidades de produtores de estados como Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e São Paulo – principais produtores, em volume, de acordo com Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) – além de Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. “O mundo está de olho em nós por conta da Copa e também devido a este concurso de destilados. É uma boa oportunidade para destacar a qualidade dos produtos brasileiros, além de ser positivo para o posicionamento e venda desses produtos no exterior”, diz a diretora.


Para avaliar as amostras, um time de 55 especialistas em bebidas espirituosas, composto por 35 internacionais, vindos da Alemanha, Bélgica, China, Coréia do Sul, França, Holanda, Itália, Peru, Reino Unido e Taiwan, por exemplo. E, 20 brasileiros. “Essa variedade de etnias e estilos é o que promove o caráter único do evento e o torna tão peculiar”, comenta Zoraida.


Em avaliações às cegas, serão premiados com três tipos de medalhas os melhores destilados do mundo: a Silver Medal, atribuída ao espírito sem falhas, que exibe características claras de qualidade e equilíbrio definitivo; a Gold Medal, para o destilado que se destaca pela qualidade intrínseca e apresenta uma impressão acima da média de equilíbrio e expressão; e a Grand Gold Medal, só concedida aos espíritos notáveis, que se destacam em todos os níveis e para todos os critérios de degustação.


A globalização do mercado de bebidas espirituosas cria oportunidades e desafios para consumidores, produtores e distribuidores. O Concours Mondial Spirits Selection colabora para orientar as escolhas do consumidor de todo mundo, uma vez que confere prestigiadas medalhas, reconhecidas e respeitadas no setor internacional de bebidas.


Além das degustações às cegas, o evento ainda promove uma série de atividades – apenas para os jurados e convidados vips – que colocam em evidência os destilados e as inúmeras possibilidades de utilização e combinações:  almoço harmonizado com Cachaça  51; Workshop sobre Cachaça com degustação – SEBRAE; Workshop sobre  Pisco e degustação de Drinks 51 reserva; visita à Destilaria Cachaça do Imperador,  em Caldas da Imperatriz, e um jantar harmonizado da Diageo.


O evento tem parceria com a APEX-Brasil, IBRAC e SEBRAE. 


CACHAÇA – UM CAPÍTULO À PARTE 


A grande expectativa é levar a “branquinha” ao pódio e repetir o sucesso inédito alcançado na edição de 2013, em Taiwan, pela Cachaça da Quinta, do Rio de Janeiro, que recebeu a Gran Gold Medal. Detalhe: a cachaça nunca havia conseguido esse prêmio no Spirits Selection. A credibilidade da medalha rendeu aumento de 20% nas vendas dessa cachaça, grande visibilidade nacional e internacional e, por consequência, ainda possibilitou fazer investimento em canaviais e aumentar a produção.


As chances são maiores este ano também pela quantidade de amostras. “A cachaça hoje, de uma maneira geral, é um produto feito dentro de normas técnicas, com qualidade e grande investimento na produção tanto no campo, na plantação da cana, como na destilaria. Portanto, um produto diferenciado, de características únicas e tem qualidade como os melhores destilados do mundo”, ressalta Zoraida. 


A Cachaça 


Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil. Tem como matéria-prima exclusiva o mosto fermentado do caldo da cana-de-açúcar, com teor alcoólico de 38% a 48%. Atualmente é o 3º destilado mais consumido no mundo, sendo produzida em várias destilarias espalhadas pelo Brasil. É a segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil.


Cachaça é uma Indicação Geográfica do Brasil instituída pelo Decreto brasileiro Nº 4.062 de 2001, elaborado com base no Acordo TRIPS/OMC (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, no âmbito da Organização Mundial do Comércio).


A diversidade brasileira é refletida na variedade de sabores e aromas que a Cachaça de cada região pode proporcionar aos consumidores. A utilização de uma variedade imensa de madeiras para repouso ou envelhecimento, típicas de cada canto do Brasil como, por exemplo, a Amburana, Jequitibá, Amendoim, Bálsamo, Ipê, Freijó, Eucalipto, Castanheira, entre várias outras, além do conhecido Carvalho, enaltece e realça sabores riquíssimos e diferenciados. Mesmo ao se degustar uma Cachaça sem envelhecimento, também é possível ter uma experiência única de um destilado com sabor e aroma característico, com destaque para o frescor e os sabores originais da cana. 


Momento atual


O reconhecimento pelos Estados Unidos de que a Cachaça é um produto distinto do Brasil quebrou anos de generalização do produto no mercado americano que até então era rotulado como “Brazilian Rum”. Este fato trouxe um valor imensurável para os produtores brasileiros com a exclusividade do uso da denominação Cachaça, além de contribuir para o aumento das vendas, trazendo também garantias de procedência para o consumidor.


Essa vitória também fortalece as discussões para o reconhecimento da Cachaça em outros países, principalmente na Comunidade Europeia, onde estão alguns dos principais mercados de destino desse destilado. 


Expectativas 


O setor da cachaça almeja aumentar as exportações, se consolidar no mercado internacional e a bebida ser reconhecida internacionalmente como bebida genuína e exclusiva do Brasil.


De acordo com dados do IBRAC e do professor Jairo Martins, em relação às exportações, houve um crescimento nos últimos anos, mas as exportações de Cachaça em 2013 (em volume) totalizaram apenas 9,27 milhões de litros – cerca de 1% do que é produzido. A capacidade instalada de produção é estimada hoje em 1,2 bilhões de litros ao ano, porém a produção anual é de 800 milhões de litros.


Sobre o processo de proteção e reconhecimento internacional, a Cachaça, após um período de 13 anos de alinhamentos e discussões internas está na reta final da Regulamentação da sua Indicação Geográfica, incluindo a criação de um Conselho Regulador, criando todas as considerações necessários para o início do processo de proteção e reconhecimento da Cachaça no mercado internacional.
 
Divulgação: VG comunicação 

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