Manoel Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, manifestou, nessa segunda-feira, 5 de fevereiro, sua preocupação com a situação de outras barragens de rejeitos como a da Samarco, que causou um desastre ambiental em novembro de 2015, e recentemente, a da Vale, ambas em Minas Gerais. “É preciso que todos os setores da sociedade se organizem para pressionar por maior rigor na fiscalização dessas construções. Um acidente como os que ocorreram nos dois municípios mineiros não podem se repetir. Precisamos alertar às autoridades para a necessidade de criação de mecanismos de gestão, acompanhamento e controle preventivo, de forma a evitar desastres, tragédias humanas e ambientais”, afirmou.
“No rompimento da barragem Córrego do Feijão, da Vale, além do desastre ambiental que inviabiliza qualquer atividade econômica relacionada ao turismo na região, a pousada Nova Estância que era nossa associada foi soterrada pela lama e pelos rejeitos, provocando a morte do casal Márcio Mascarenhas e Cleosane Coelho Mascarenhas e seu filho Márcio Coelho Barbosa Mascarenhas, proprietários do local”, lembra Linhares.
Manoel Linhares ressaltou que além do lado trágico com a perda de vidas, algumas barragens estão próximas de polos turísticos importantes, como por exemplo, a barragem da Mirabela Mineradora, que extrai níquel entre os municípios de Ipiaú e Itagibá, a cerca de um quilômetro do Rio das Contas que além de abastecer toda região, deságua no litoral, em Itacaré, no sul da Bahia.
Segundo classificação do Departamento Nacional de Produção Mineral, a barragem da Mirabela Mineradora tem o mesmo índice da obra da Samarco que se rompeu há cerca de quaro anos. “Em primeiro lugar, temos a questão da perda de vidas. Precisamos evitar mais tragédias. Mas é nosso papel como representante da hotelaria nacional alertar às autoridades sobre outras obras desse tipo que precisam ter atenção especial, pois afetam destinos que
têm sua economia baseada no turismo”, comentou Manoel Linhares.