Após aéreas, setor de turismo pede prazo extra para reembolsos

por Circe Bonatelli

Após aéreas, setor de turismo pede prazo extra para reembolsos

Crédito: Helena Lopes no Pexels

 

A nova onda de covid-19 e a demora para o início da vacinação frustraram as expectativas de melhora dos negócios ligados ao turismo e levaram os empresários do setor a cobrar do governo federal ajuda igual à concedida às companhias aéreas.

Um grupo formado pelas 20 maiores associações de hotelaria e lazer enviou ao Ministério do Turismo um ofício pedindo que o prazo para reembolso de diárias ou serviços cancelados em função da quarentena seja prorrogado até que a situação sanitária melhore. A expectativa é obter um prazo extra de seis meses a um ano para pagar os consumidores.

Aéreas. O governo federal já editou uma medida provisória para prorrogar até outubro as regras especiais de reembolso de voos cancelados devido à pandemia. Agora, o setor de hotelaria e lazer pede o mesmo tipo de benefício. Os empresários argumentam que a situação de 2021 segue igual ao ano passado, com cidades em lockdown, praias fechadas e crise econômica, ainda que o decreto de calamidade pública tenha expirado na virada do ano.

Reservas canceladas. O presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Orlando de Souza, diz que as viagens a lazer melhoraram nos últimos meses, mas já existe uma nova leva de cancelamentos de reservas por causa do avanço da pandemia.

Empregos. O argumento usado pelo presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, é de que o setor é intensivo em mão-de-obra e corre o risco de demissões em massa. Isso porque deixou de valer a regra especial para redução de jornada e salários, e as empresas terão que fazer novamente o desembolso integral, mas ainda não recuperaram a receita.

Resposta. O Ministério do Turismo solicitou informações mais detalhadas sobre o impacto econômico esperado pelos empresários. A partir daí a pasta irá analisar o assunto com os demais ministérios para decidir se adotará eventuais medidas de apoio.

Fonte: Estadão

Fonte: FBHA

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