“Viver sem fronteiras, construindo juntos o Bem-Receber” resgata a esperança por meio da recolocação no mercado de trabalho
A rede Blue Tree Hotels anuncia o lançamento do programa para refugiados “Viver sem fronteiras, construindo juntos o Bem-Receber”, que visa a inclusão social, por meio da contratação de pessoas que desembarcaram no Brasil em busca de melhores condições de vida. Além da recolocação profissional, que contempla plano de carreira, a ação oferece auxílio alfabetização, fundamental para o relacionamento e desenvolvimento das funções.
Em parceria com ONGs engajadas na causa, a primeira fase do projeto prevê a contratação de colaboradores para a área de Governança, na função de arrumadeira/arrumador, em hotéis a serem definidos. Para a segunda etapa, o objetivo é promover capacitações e ampliar a experiência por todas as 22 unidades. Os refugiados capacitados estarão aptos para atuar na Blue Tree Hotels ou em outra rede hoteleira. Para Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels, é preciso que haja uma conscientização coletiva de ajuda ao próximo. “Acreditamos que, para a construção de uma sociedade inclusiva e mais justa, é nosso dever contribuir para o desenvolvimento do Brasil e, para isso, geramos oportunidades para todas as pessoas, sem distinção de origens e crenças”.
Com amplo histórico em ações solidárias, o atual programa surge em meio ao trabalho que já vem sendo feito junto aos refugiados que se encontram no País. Atualmente, um total de oito hotéis, localizados nos Estados do Amazonas (Blue Tree Premium Manaus), Santa Catarina (Blue Tree Towers Joinville) e São Paulo (Blue Tree Premium Alphaville, Blue Tree Towers Anália Franco, Blue Tree Premium Faria Lima, Blue Tree Premium Paulista e Blue Tree Towers Santo André), contam com a presença de nove colaboradores que abandonaram seus países. Os refugiados são de países como Cuba, Haiti e Venezuela.
Segundo dados divulgados no mês de julho pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), na 4ª edição do relatório “Refugiados em Números”, o Brasil reconheceu, apenas em 2018, um total de 1.086 refugiados de diversas nacionalidades. E para que possam receber os novos colegas, os funcionários da rede também passaram por treinamentos específicos. “Esse programa tem apresentado histórias que nos enchem de orgulho, como no caso de uma colaboradora da unidade Morumbi, em São Paulo, que começou trabalhando na governança, e foi promovida para a recepção”, destaca a executiva.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o ano de 2018 foi o maior em número de solicitações de reconhecimento de condição de refugiado. Isso porque o fluxo venezuelano de deslocamento aumentou exponencialmente. Atualmente, cerca de 11.231 pessoas são reconhecidas como refugiadas pelo Brasil. Os Estados com mais solicitações em 2018 são Roraima (50.770), Amazonas (10.500) e São Paulo (9.977).