Cafeterias gourmet conquistam brasileiros
Helena Dias
Pesquisa aponta que hábito de tomar café em lugares especializados aumenta
Até uma década atrás, o café era servido em padarias e bares. Hoje em dia já existem mais opções. Frequentar cafeterias ou boutiques especializadas em café se tornou um hábito dos brasileiros. Segundo uma pesquisa da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), nos últimos sete anos, o consumo do café fora de casa cresceu 170%.
A variedade também era menor. O brasileiro tinha duas opções básicas de tomar café: puro ou com leite. Hoje, as opções são diversas: café curto, longo, expresso, orgânico, descafeinado, importado, com sabores etc.
Veja como fazer café gourmet em casa ( clique na frase)
E assim como a culinária tem os chefs, os vinhos têm os sommeliers, os cafés têm os baristas. Esses profissionais chegam a passar anos estudando os grãos, como é o caso de Isabela Raposeiras, mestre de torra e barista. Ela começou os estudos em 2001 e em 2003 criou a primeira escola especializada do Brasil, a Academia de Barismo, em São Paulo..
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– O barista tem que conhecer todos os elementos que influenciam a qualidade da xícara. Isso envolve desde o trabalho na lavoura, passando pelo beneficiamento do grão, o conhecimento do terreno, das variedades, avaliação sensorial, torra, além, é claro, do preparo. .
Aprecie, mas com moderação.
No quesito saúde, a polêmica em volta do café é grande. Muitos evitam porque acham que faz mal. A nutricionista Stella Santiago Jacob, explica que além da cafeína, a bebida possui potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais benéficos à saúde.
No entanto, a combinação do café com leite, uma das favoritas dos brasileiros, não é tão recomendada pelos especialistas.
– O leite é uma boa fonte de cálcio, mas o café acaba prejudicando a absorção desse nutriente.
O aproveitamento da proteína do leite, também é prejudicado pelos taninos presentes no café. Por isso, o ideal é que sejam consumidos em horários diferentes.
Um estudo francês realizado em março deste ano, com participação da USP (Universidade de São Paulo) encontrou indícios de que mulheres que tomam café depois do almoço têm menor risco de desenvolver diabetes tipo dois.
O indicado é tomar de três a quatro xícaras pequenas por dia. O consumo agudo de cafeína em excesso pode aumentar a pressão arterial e provocar alterações de humor. Consumi-lo à noite, após às 17h, pode ainda alterar o padrão do sono..
Quem apresenta insônia, gastrite, osteoporose, arritmias cardíacas e pressão alta deve evitar o consumo, assim como gestantes, que devem tomar no máximo uma xícara por dia.