Canela: as bandeiras estão chegando… E agora?

por JOSÉ JUSTO

 

Pipeline

Canela tem 4 hotéis médios, mais de 60 pequenos hotéis e pousadas onde estão disponíveis 1.771 quartos com uma capacidade de receber até 4.000 hóspedes ao mesmo tempo.

Com a revoada de bandeiras chegando na cidade, ela dobrará sua oferta em três anos, com a chegada de 7 novos hotéis e capacidade para aproximadamente mais 4.500 hóspedes, dobrando a oferta da cidade da Cascata do Caracol, da Skyglass, da Havan, do Mundo a Vapor e de mais outras 21 catracas que atraem turistas o ano todo.

 

 

Mercado de Trabalho

Estes hotéis, infraestrutura e atrativos já estão ocupando um grande contingente de trabalhadores, tanto na construção civil como na promoção, com um grupo expressivo vindo de fora da região e do estado, mesmo que o IBGE avise que existem mais de 20 mil pessoas fora do mercado de trabalho formal, seja sob o regime da CLT, MEI ou autônomos.

Historicamente, de forma empírica, cada quarto de hotel gera um posto de trabalho no destino onde ele estará operando e cada posto de trabalho acrescenta três pessoas na unidade politico-econômica que o abriga.

Não há informação disponível sobre a construção de moradias para estes novos trabalhadores que estão sendo atraídos para este novo mercado de trabalho, o que poderá ocasionar o inchaço de alguns bairros já carentes de infra-estrutura e a precarização das condições de vida dos menos aquinhoados pela sorte em termos econômicos e sociais.

 

Cenário

O que acontecerá em três anos?

Canela tem a possibilidade de ver sua geografia ser alterada pela chegada de uma fonte de energia adicional, a abertura de uma nova estrada que a ligará com a cidade de Três Coroas, encurtando a distância da capital, deverá receber uma Roda Gigante no Mundo a Vapor e os aviões de grande porte poderão pousar em uma pista distante em menos de 30 km da cidade, com a construção do Aeroporto de Vila Oliva, na cidade lindeira de Caxias do Sul. Alem disso, o seu principal atrativo turístico natural – o Parque do Caracol, que é a maior atração turística do Rio Grande do Sul – deverá ser passado para a a inciativa privada, o que poderá agregar alguma eficiência mercadológica ao seu potencial de atração de mais visitantes.

 

Demanda:

A descoberta e a atração de novos turistas para manter a ocupação da cidade é possível porém, desafiadora. Segundo informações colhidas com os empreendedores, a ocupação de boa parte destes novos quartos será originada nas frações vendidas em programas de férias e na expectativa de crescimento do mercado

 

Fonte: Frontdesk 04-03-22 – Canela – as bandeiras estão chegando

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