A Justiça norte-americana reconheceu, na última terça, 21, que o churrasco gaúcho exige conhecimento especializado. A decisão favoreceu a rede Fogo de Chão e um trabalhador brasileiro que a companhia tentava trazer aos Estados Unidos para compor a equipe em uma das unidades do país.
O caso havia acontecido em 2010, quando o Departamento de Imigração dos Estados Unidos negou visto do tipo “L-1B visa”, destinado para trabalhadores especializados. O visto é válido para que uma empresa multinacional, instalada nos EUA, possa trazer seus empregados ao exterior quando não houver no mercado doméstico alguém que possa exercer a função com mesma eficiência e competência.
O Fogo de Chão entrou na Justiça contra a Imigração. Havia perdido em primeiro grau, mas em recurso no Tribunal Federal do Distrito de Columbia, reverteu e conseguiu autorização para trazer seus profissionais especializados em churrasco gaúcho, marca da rede.
Das 33 unidades que a rede Fogo de Chão tem atualmente, nove estão instaladas no Brasil e 24 nos Estados Unidos. “Antes de atuarem nas unidades norte-americanas, os chefes churrasqueiros passam por intenso treinamento nas unidades brasileiras. Lá, se aperfeiçoam no corte, tempero e forma de assar as carnes, seguindo as tradições gaúchas, diferencial que fez a rede se consolidar tanto dentro quanto fora do Brasil”, explica Claudiomiro Rigo, diretor de operações da rede Fogo de Chão no Brasil.
A rede utiliza o intercâmbio internacional, inclusive, como um fator motivacional para seus funcionários. Por ano, cerca de 20 colaboradores saem do Brasil e desembarcam em solo norte-americano para essa experiência.
“É um item do nosso plano de carreira que faz com que a rotatividade de profissionais no Fogo de Chão seja mais baixa que a do restante do setor alimentício”, afirma Rigo.
Com a experiência dos churrasqueiros obtida no Brasil e levada para os Estados Unidos, apesar da distância, consumidores de lá têm garantida a mesma experiência do churrasco gaúcho oferecido no país original.
Divulgação: Ex-Libris Comunicação