Como reconhecer um “enochato” e evitar que sejamos um deles
Por: Agostinho Lopes
Cresceu bastante e continua crescendo, o número de pessoas que passaram a apreciar vinhos. Infelizmente, junto com eles, cresceu também o número dos chamados “Enochatos”: supostos especialistas que dizem saber até mesmo que vinho harmonizar com buchada ou vatapá e que julgam os melhores vinhos, associados aos maiores preços. São ainda “especialistas” em rituais exagerados ao tomar um vinho e sempre se arvoram em ensinar “pobres mortais”, “a arte que pensam dominar”.
Tem duas máximas que sempre repito e que tento me conduzir através delas, para não correr o risco da inconveniência, nem o de pagar micos:
1) Vinho bom é aquele que a gente toma e gosta;
2) Para tomar um vinho, basta abrir uma garrafa.
Seguindo a primeira máxima, evitamos criticar quem toma um vinho que supostamente não é bom, porque o gosto daquela pessoa pode evoluir. Quanto a segunda, é o primeiro passo para começar a gostar de vinho: criar o hábito.
Comece pelo vinho que você já conhece e, aos poucos, crie o hábito de “arriscar” experimentar novos vinhos, novos rótulos, novas uvas, diferentes safras, etc. Você certamente vai surpreender-se tanto positivamente, como negativamente, mas isso faz parte do aprendizado.
Crie o hábito de fazer anotações e ler sobre vinhos, se isso fizer parte de suas leituras preferidas. Há também muitas boas revistas especializadas. Mas o maior cuidado deve ser o de não permitir que “o enochato adormecido” que habita dentro de cada um de nós, seja acordado.
Algumas dicas do que devemos evitar
– Quando aproximamos o nariz da taça, para sentir os aromas do vinho, não enfiar o nariz na taça, como se fossemos molhar a ponta do nariz. É só aspirar com delicadeza e sutilmente;
– Evite fazer bochechos com o vinho em boca, como se estivesse lavando a boca. Sorva uma pequena quantidade e deixe que ele passe por toda boca antes de ser bebido. Isso será suficiente para que todas as sensações e sabores sejam percebidos.;
– Nunca exagerar nos gestos, como o de olhar o vinho contra a luz ou o de girar a taça. Faça-os com discrição. Lembre-se que a taça não é uma centrífuga e, acima de tudo, saiba para que servem aqueles gestos, sob pena de parecer apenas um exibicionista.
O vinho é sempre e cada vez mais, o “combustível dos melhores momentos”. Aproveitemos bem e “saúde”
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