Conotel 2021 – Eduardo Faraco aborda em seu painel o impacto da pandemia e analisa como está a recuperação no setor de hotelaria

Credito/Foto: Divulgação

 

A apresentação de Eduardo Faraco, sócio-diretor da Faraco Consultoria, encerrou as atividades no segundo dia de Conotel. Com o tema “Crescendo em tempos de crise: a hotelaria em foco”, o painel fez um balanço dos últimos dois anos no setor de hospedagem, desde que a pandemia de Covid-19 começou a se disseminar pelo mundo. “A partir de março de 2020, quando a OMS – Organização Mundial de Saúde – decretou que estávamos diante de uma pandemia mundial, o setor de turismo já perdeu cerca de 20 milhões de empregos no mundo. No Brasil, os prejuízos chegam a R $122 bilhões de reais”, afirmou.

Farraco explicou que ao pesquisar para a palestra descobriu que o incidente mais recente que afetou tão radicalmente o turismo foi o 11 de setembro de 2001, nos EUA. “Os ataques às torres gêmeas causaram um colapso na aviação e, consequentemente, no turismo mundial. Já a pandemia causou uma queda de 47% na ocupação dos hotéis no Brasil. Numa crise desse porte, deveríamos ser mais agressivos com relação às políticas tarifárias”, recomendou.

Em sua apresentação, Faraco destacou ainda que há cerca de R $6,1 bilhões de investimentos programados até 2025 na hotelaria brasileira. “Cerca de 77% das novas unidades habitacionais estão concentradas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas e Santa Catarina. Quase 90% são marcas tradicionais ou da hotelaria independente. Há uma tendência de novos tipos de hospedagem, como a lifestyle, com diárias menores. A hotelaria precisa estar atenta a esse mercado que já conta com marcas como W, da Marriot, e LOMA, entre outras”, destacou.

Dados recentes mostram que pela primeira vez, desde o início da pandemia, houve mais admissões que desligamentos no último mês de julho, aumentando o mercado de trabalho em 1,4%, segundo estudo da CNC – Confederação Nacional do Comércio. O FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil registrou alta de 19,4% na ocupação entre os meses de junho e julho, o maior índice desde o início da pandemia. “Outros números também mostram um aumento na demanda no setor de turismo brasileiro. Uma pesquisa da Conversion, especializada em marketing digital, registrou crescimento no e-commerce de 18,6% entre junho e julho. Em relação ao ano passado, o aumento foi de 150% nos índices do comércio eletrônico no turismo”, explicou.

Segundo Farraco, é preciso estar atento às mudanças trazidas pela pandemia, como a digitalização dos serviços de hospedagem, a necessidade de investir nos programas de fidelização e o upselling. ”A digitalização torna mais claro tudo que é oferecido, sejam produtos ou serviços. É importante também responder com pró-atividade às avaliações dos hóspedes nas redes sociais e demais ferramentas on-line, demonstrando interesse em resolver as necessidades dos clientes”, finalizou.

Divulgação: Alexandra Mato

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