Construção da 2ª ponte entre Brasil e Paraguai começa em 2015

por migracao

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Contrato e ordem de serviço foram assinados nesta quinta-feira (3) em Foz do Iguaçu pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Obras devem iniciar em fevereiro.


Após 22 anos de discussão, as obras da segunda ponte internacional entre Brasil e Paraguai, em Foz do Iguaçu, tem data para começar: fevereiro de 2015, e previsão de término em outubro de 2017. O custo é de R$ 233,4 milhões. A execução ficará a cargo do Consórcio Construbase-Cidade-Paulitec, vencedor da licitação.

O contrato e a ordem de serviço para a nova ponte, que está sendo chamada de “Ponte da Solidariedade”, foram assinados nesta quinta-feira (3) pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, em uma cerimônia no Hotel Bella Itália, em Foz do Iguaçu. A solenidade teve a participação da senadora Gleisi Hoffmann e do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Miguel Samek.

Na ocasião, o ministro também lançou oficialmente o edital para as obras de revitalização da Ponte da Amizade, publicado hoje no Diário Oficial da União.

“Esta é uma data de um simbolismo muito forte para Foz do Iguaçu e Paraguai. A ponte permitirá um transporte mais adequado entre os países, desafogando a outra fronteira entre Brasil e Paraguai”, disse Sérgio Passos. E acrescentou: “este é um compromisso que tínhamos com a cidade e viemos aqui para cumpri-lo com muita satisfação”.

Ele aproveitou o evento para anunciar a construção de um acesso viário de 15 Km entre a nova ponte e a BR-277. O objetivo é evitar a circulação de tráfego dentro da cidade.

“É uma excelente notícia que se soma a tantas outras na nossa região. Essa era uma reivindicação antiga de Foz do Iguaçu, atendida pela nossa presidente Dilma”, disse Jorge Samek.

“Para nós, é um motivo de alegria estarmos aqui comemorando esta conquista para a região”, disse a senadora Gleisi Hoffmann, que agradeceu ao apoio de Itaipu para os projetos. “Itaipu tem sido uma grande aliada ao desenvolvimento regional e do estado do Paraná”, afirmou.


Momento histórico


A solenidade, acompanhada por autoridades brasileiras e paraguaias, selou um momento histórico para os dois países. Desde 1992, o assunto fora tema de 17 reuniões da Comissão Mista Brasileiro-Paraguaia. Em 2012, uma primeira licitação havia sido lançada, mas acabou suspensa em fevereiro do ano passado para ajustes no certame.

Na cerimônia, estiveram ainda os deputados federais Assis do Couto e Osmar Serraglio; o deputado estadual Elton Welter, o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira; o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, Jorge Ernesto Pinto Fraxe; o superintendente do DNIT no Paraná, José da Silva Tiago; além de vereadores de Foz do Iguaçu.


A estrutura


A “Ponte da Solidariedade” será construída sobre o Rio Paraná, entre a cidade de Presidente Franco, no Paraguai, e Foz do Iguaçu, na região do Marco das Três Fronteiras. Ela terá 760 metros de extensão e 19 de largura.

O modelo é estaiado, ou seja, suspenso por cabos e constituído de mastros. Serão duas pistas, pavimentadas com concreto betuminoso de espessura de sete centímetros. O DNIT estima a contratação de 1.000 trabalhadores diretos no auge das obras. “A empresa poderá contratar empregados de toda região, desde que cumpra a legislação trabalhista do Brasil”, disse o diretor-geral do DNIT.


Solidariedade e Amizade
Além de promover a integração social e econômica do Mercosul e das comunidades da região de fronteira, a estrutura deve desafogar o trânsito na Ponte da Amizade, que liga Foz a Ciudad del Este. Cerca de quatro milhões de veículos por ano passam pelo local por ano, de acordo com o DNIT.

O prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, lembrou que a nova estrutura possibilita o desenvolvimento harmônico da cidade e falou da importância dela também como um atrativo turístico a mais na região. “Haverá um impacto ao turismo, certamente”, previu Reni.

Para o prefeito de Presidente Franco, Alcides Fernandez Lopéz, a nova ponte deve ser um marco na modernização da cidade, que passará por reformulações viárias e terá um novo plano diretor para a parte rural. “Teremos uma cidade verdadeiramente planejada. Esperávamos isso há mais de 20 anos e agora só aumentará a irmandade entre brasileiros e paraguaios”, concluiu.

Em visita a Itaipu, em outubro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a ponte será mais que uma estrutura física, mas um novo elo entre os países. Na ocasião, Dilma esteve com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, para anunciar a operação da linha de 500 kV, entre Itaipu e a Grande Assunção. O linhão garante mais confiança ao sistema elétrico paraguaio.

O resultado da concorrência foi anunciado em 24 de abril pelo DNIT, responsável pelo processo licitatório.


Recuperação

Inaugurada há 49 anos, a Ponte da Amizade receberá recuperação prevista no edital 346/2014, lançado hoje pelo DNIT.

A reforma prevê a instalação de barras de proteção, cobertura da passarela de pedestres, nova iluminação, pinturas, reparos em geral, substituição de elementos vedantes das juntas de dilatação e dos gradis metálicos internos e externos, e recapeamento da via. “Será uma revitalização completa ao longo dos 600 metros da ponte”, disse o diretor-geral do DNIT, Jorge Ernesto Pinto Fraxe.

O prazo para revitalização é de um ano, contados a partir da ordem de serviço. O custo não foi divulgado. “Vamos esperar a licitação para saber o investimento”, afirmou Fraxe.

O projeto de reforma e revitalização foi feito pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), cuja vice-presidência está a cargo do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek. Em março, técnicos do DNIT iniciaram a análise.

“A construção da Ponte da Amizade mudou radicalmente a paisagem da região, mas ela estava ‘estrangulada’, tamanho foi o crescimento do fluxo para atender a exportação agrícola e o turismo”, disse Jorge Samek. “E não é só a Ponte da Amizade, mas todo entorno será beneficiado com as duas obras”.


A Itaipu

A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 16,9% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 70% do Paraguai. Em 2013, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035 megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

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