Deu Brésil na Revue du Vin de France

por migracao

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A principal revista de vinhos francesa, La Revue du Vin de France de maio 2014 – dedica seis de suas páginas ao vinho brasileiro e elogia nossos espumantes.



Assinado por Corinne Lefort, que visitou o país e foi acompanhada por um tradutor doIbravin, o artigo segue bem a linha francesa de análise: curto e grosso. 
 
Começa por Bento Gonçalves, The Little Italy: “a paisagem é surpreendente.. Não fosse pelas araucárias, parece que se está na Europa”. “E o vinho? A qualidade é muito variável.” Vai do muito bom ao grande, o que quer que isto signifique, comenta. Os espumantes são o orgulho e se trata de vinhos simples e técnicos, de praia, refrescantes e baratos. Os tintos de cepas bordalesas e tannat são desiguais, com um certo amargor, açúcar residual e notas de redução devidas às extrações excessivas. Dos brancos, sublinha a sucrosidade tão ao gosto do brasileiro com excesso de notas de madeira que não escondem a falta de homogeneidade e de maturidade das frutas. E ainda aponta para os preços elevados de nossos vinhos.
 
Destaca, entretanto, produtores que são artesãos ambiciosos  como Pizzato e Lidio Carraro, que fazem vinhos de envergadura internacional.
 
Destaca entre as grande vinícolas, os vinhos Desejo Merlot 2007 da Salton (“L’acteur historique”), o Castas Portuguesas Tinto 2008 Quinta do Seival da Miolo (“L’ogre brésilien”) e o Cabernet Franc Premium 2007 da Casa Valduga, (“La voie du high-tech”). 
 
De nossos “vignerons artisans”, vinicultores artesãos, aponta vinhos daqueles que se inspiram na Borgonha ou Piemonte: o Chardonnay Reserva 2011 da Pizzato (“L’epicurien”) que se orgulham de fazer vinhos com especificidade; o Carraro Singular Teroldego 2008 Encruzilhada do Sul daLidio Carraro (“La réference”) e que segundo o artigo é quem produz “o melhor vinho do Brasil, vinhos cizelados e de grande pureza de fruta, um exemplo para todos!”, exclama. E o Reserva Tannat 2008 da Vallontano, “Le biodynamiste”.
 
De nossos espumantes, refrescantes e para a praia, destaca Conde de Foulcaud da Aurora “Une coopérative bouillonante”; o Rosé Presence da Peterlongo “La tradition de l’espumante”; e oNature da Don Giovanni “Des bulles à la champenoise”.
 
Um artigo bastante interessante e com o ponto de vista francês que, embora não meça palavras e sem papas na língua, revela um carinho grande pelas coisas brasileiras. E retrata, como já fizeram no passado Rugendas e outros, o colorido e o verdadeiro de nossa realidade.


Fonte: Vinho e Gastronomia

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