Com a maior parte da população do país vacinada, chegou a hora de começar a ver a vida voltar ao normal. Em Brasília, o governador Ibaneis Rocha já determinou o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais ao ar livre em todo Distrito Federal, a partir do dia 3 de novembro.
A norma também confirma o retorno das aulas totalmente presenciais nas escolas públicas, na mesma data; traz a flexibilização de regras para estabelecimentos comerciais; e acaba com restrições de horários de funcionamento. Por outro lado, segundo o decreto, o uso da máscara para prevenir a contaminação pela Covid-19 permanece obrigatório nos seguintes locais: espaços públicos fechados; equipamentos de transporte público coletivo; e estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços, o que inclui bares, hotéis e restaurantes.
No Rio de Janeiro, por sua vez, o governador Cláudio Castro também sancionou a lei que flexibiliza e regula o uso de máscaras de proteção facial contra a Covid no estado. Após a sanção, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) publicou, em edição extra do Diário Oficial, uma recomendação aos municípios. Para a flexibilização da máscara, as prefeituras deverão seguir os critérios de distanciamento social, ambiente aberto e fechado, percentual de vacinação da população, realização de eventos-teste, além de outros critérios.
As regras municipais da cidade do Rio de Janeiro sobre o tema, decretadas na última terça-feira, dia 26, dependiam da regulamentação do estado para vigorar. Com a publicação no Diário Oficial no último dia 28, passarão a valer as seguintes medidas: máscaras deixam de ser obrigatórias em áreas abertas; boates, casas de show e pista de dança podem funcionar com 50% da capacidade; estão liberadas competições esportivas em ginásios e estádios com 100% do público, com apresentação de passaporte de vacina ou teste PCR feito, no mínimo, 48 horas antes; e quando 75% da população estiver com o esquema vacinal completo, as máscaras serão obrigatórias apenas no transporte público e em unidades de saúde.
Mais de um ano e meio após o decreto de calamidade pública no Brasil em razão da pandemia, estas medidas representam um importante salto da vida em sociedade pós-pandemia. A tendência, no entanto, é de que, aos poucos, outros estados e cidades sigam o mesmo caminho adotado pelo DF e RJ.
Para o setor de hospedagem e alimentação fora do lar, é importante a retomada da vida pré-pandemia, sem perder de vista os cuidados com a saúde. Neste sentido, a máscara continuará tendo o seu papel em ambientes que requeiram a sua utilização. Mas não em todos, como tem sido há quase dois anos.
É bom ver a vida retomando o seu ritmo. Na verdade, nunca mais o mundo será o mesmo até porque a pandemia veio para nos mostrar, também, que no fundo não temos controle de nada. Mas, convenhamos: é muito bom ter de novo a sensação de que estamos voltando para os trilhos e que, embora o percurso seja íngreme, não nos falta esforço para chegar ao topo, firmes e fortes!
*Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).
Sobre a FBHA
A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) é uma entidade sindical patronal constituída com a finalidade de coordenação, defesa administrativa, judicial e ordenamento dos interesses e direitos dos empresários da categoria e atividades congregadas. Integra a chamada pirâmide sindical, constituída pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pela própria FBHA, pelos Sindicatos e pelas empresas do setor.
É uma das maiores entidades sindicais do país e tem representação nos principais órgãos, entidades e conselhos do setor empresarial e turístico do Brasil, tais como o Conselho Nacional de Turismo (CNT), do Ministério do Turismo, ou o Conselho Empresarial do Turismo (Cetur) da CNC. Está presente em todas as regiões, através de 67 sindicatos filiados. Representa em âmbito estadual e municipal cerca de 940 mil empresas, entre hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares.