Entrevista: Roberto Rabachino fala sobre a profissão de sommelier

por migracao

 


Por Lilian Lima


Escute o próprio corpo. Essa é a dica do jornalista e professor Roberto Rabachino para quem quer aprender a degustar vinhos. Só no Brasil, nos últimos 15 anos, já foram formadas mais de 50 turmas de sommelier pela Fisar – Federação Italiana de Sommelier. E a medida que a cultura do vinho cresce no país, mais pessoas procuram se especializar na área. E a profissão de sommelier – aquele que é responsável pela compra, organização da carta e serviço do vinho, seja num restaurante ou loja – ganha novos profissionais. Na última turma da Fisar, realizada este mês, em Flores da Cunha, eu estala lá, para mais um curso na área.


Durante uma semana, fui aluna do curso de sommelier internacional. Junto com mais 24 colegas, mergulhamos, durante 8h por dia, no fascinante mundo dos vinhos. Com aulas que passaram pelos tradicionais países produtores, como França, Itália, Espanha e Portugal, até Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.



Durante a formatura, recebendo o diploma e o “taste vin” de prata, símbolo do sommelier.


Foram quase 100 vinhos degustados. Desde rótulos mais simples, que custam cerca de 3 euros na Itália, até vinhos que não estão à venda, como o DOCG Brunello di Montalcino Il Poggione 2012 – comprado, pela Fisar, num leilão beneficente organizado pelo governo italiano, para ajudar crianças carentes. Este vinho só é servido em degustações de promoção do vinho italiano. Este Brunello foi o vinho escolhido para o jantar oferecido ao ex-presidente americano, Barack Obama, há duas semanas, quando ele esteve na Itália.



É quase impossível pensar na figura do sommelier sem falar em harmonização. Salvo os vinhos que serão bebidos sozinhos, muitos deles precisarão de um alimento para acompanhar. Para facilitar, as aulas acontecem dentro da Escola de Gastronomia da UCS, em Flores da Cunha (RS). E são durante os almoços que as aulas ganham ainda mais vida. Os pratos preparados pelos alunos da gastronomia, no Ristorante Dolce Italia, viram material de estudo acompanhados dos vinhos. É ali que tudo acontece na prática.



Almoço harmonizado no Ristorante Dolce Italia


Pra deixar tudo mais didático, tem ainda o reforço dos professores: Roberta Boscato, que nos levou para o vinhedo da Família Boscato e deu uma aula de terroir e o pai dela, Clóvis Boscato, que nos falou sobre vinhos tintos; o enólogo da vinícola Luiz Argenta, Edegar Escortegagna, presidente da ABE – Associação Brasileira de Enologia, deu uma aula de vinhos brancos e nos mostrou as técnicas usadas para fazer cortes de vinhos; na Chandon, o diretor Philippe Mével, mostrou como é feito o processo de produção dos espumantes.



Os formandos!


Minutos antes da formatura, eu bati um papo com o professor e presidente da Fisar no Brasil, Roberto Rabachino. Dá uma olhada na entrevista:



Fonte: Blog As Boas Coisas da Vida – https://goo.gl/XXZMNz 

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