Espumantes pelo mundo

por migracao

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Quase toda região produtora de vinhos da Europa e do Novo Mundo também produz vinho espumante. Mas as regiões frias e menos ensolaradas são as que permitem obter uvas com as características ideais para a elaboração de espumantes (alta acidez, pouco açúcar: baixo potencial alcoólico).


A mais importante e histórica região dedicada aos espumantes é a Champagne-Ardennes, no nordeste central da França. Além dos Champagnes, há outras denominações conhecidas e afamadas.


Na própria França, há vins mousseaux em diversas regiões, como os famosos Crémant de Bourgogne (de Chardonnay), de Bordeaux (Sauvignon Blanc, Sémillon e Muscadelle) e do Loire, base Sauvignon Blanc e Melon de Bourgogne. Na Provença, ao sul, há o ancestral Blanquette de Limoux, tratado pelos seus produtores como o decano dos vinhos espumantes, antecessor dos Champagnes.


Alemanha e Áustria denominam seus espumantes de Sekt e usam a esplêndida uva branca Riesling para a sua elaboração. São excelentes, com grande mineralidade, aromas de petróleo e pedra de isqueiro típicos da uva germânica por excelência.


Na Espanha, são famosos os Cava, uma denominação catalã para o vinho espumante feito de uvas locais, Xarel-lo, Macabeo e Parellada. Há cavas de elevada qualidade e reputação. A produção e exportação são enormes.


São também muito conhecidos os vinhos espumosos italianos, principalmente os da região nordeste do país, o Vêneto. Os mais conhecidos são os da uva Prosecco, da sub-região de Conegliano/Valdobiadenne, que estão se tornando sinônimo de vinho espumante em muitos restaurantes pelo Brasil. A expressão: “o sr. aceita um prossequinho” é uma constante, mesmo quando o vinho que está sendo servido é um espumante brasileiro, por exemplo. Sua qualidade varia muito, havendo desde fornecedores de massa, com vinhos medíocres, a casas sofisticadas, que elaboram seus vinhos pelo método clássico, de maior qualidade.


Ainda no Vêneto, uma minúscula região se destaca, Franciacorta (França curta, pequena, no dialeto que originou a denominação), com espumantes feitos pelo método clássico de altíssima qualidade, capazes de rivalizar em qualidade e preço com os Champagnes.


Muito conhecidos e populares são os Lambrusco, também o nome de uma uva tinta, da Emilia-Romagna. São vinhos tintos, alguns doces (até muito doces). Prefira os secos, para tomar sem compromisso.


Portugal não se destaca singularmente pelos espumantes, mas tem lá seus bons produtores, em diferentes regiões, especialmente no Douro e na Bairrada.


No Novo Mundo, o melhor produtor de espumantes é o Brasil. Chile, Argentina, Austrália, Califórnia e África do Sul têm áreas vinícolas em geral muito ensolaradas, com clima que favorece a produção de vinhos tintos. Já a Serra Gaúcha, responsável por mais de 90% dos vinhos finos brasileiros, tem clima e terra adequados à produção de uvas para vinhos espumantes.


Os espumantes brasileiros não rivalizam diretamente com os de Champagne por oferecerem um caráter diverso, individualizado, com mais importância aos aromas primários, da fruta. Mas têm grande frescor, uma elaboração, tanto pelo método clássico quanto pelo método Charmat, muito cuidadosa e criativa. Em concursos e competições internacionais, os vinhos brasileiros espumosos, degustados às cegas, têm sido frequentemente reconhecidos como de altíssima qualidade, tendo sido agraciados com significantes medalhas e diplomas de certificação.


É quase consenso internacional que, depois da celebrada região de Champagne, os melhores espumantes do mundo são os brasileiros, superando em média os Proseccos e muitas cavas.


Alexandre Maia
https://www.facebook.com/LaVitaeVino

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