Excesso de quartos também pode gerar oportunidades, diz Roberto Rotter.

por migracao

fiogf49gjkf0d

A crise dos flats no ano 2000, em São Paulo, foi um divisor de águas na hotelaria nacional, deixando hoteleiros e investidores muito mais atentos em relação ao equilíbrio da oferta e demanda. Perto disso, em 2002, foi criado o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). Para Roberto Rotter, presidente da entidade, os dados e estatísticas gerados pelo Fohb podem ajudar os profissionais a fazer mehores opções de investimento. Contudo, mesmo quando a informação não dá conta de evitar a superoferta, ele aponta que é possível encontrar oportunidades de negócios.


“Já que eu tenho uma quantidade X de quartos adicionais, como posso trazer rentabilidade não só para o investidor mas também para o próprio mercado? Você pode desenvolver novos tipos de demanda. Se hoje eu tenho quartos o suficiente e um estádio bem montado, por exemplo, por que não trazer shows, entretenimento, convenções?”, sugere Rotter, explicando que esse não é o ideal, mas que podemos transformar desafios em oportunidades.



Esse não seria o caminho natural, pois a hotelaria se caracteriza por ser uma indústria reativa, que se instala nas praças em que há demanda pelo serviço hoteleiro. Nos últimos anos, o País viu a ascensão da classe C. Isso, juntamente com a euforia da  Copa do Mundo 2014 serviu como incentivo para a instalação de muitos hotéis. Para tentar situar os investidores, em parceria com a Hotel Invest, o Fohb publica, desde 2010,  o Placar da Hotelaria 2015. O estudo  estima a taxa de ocupação dos mercados hoteleiros nas 12 cidades-sede, para o ano de 2015. Esse indicador (que tem foco no pós-Copa) aponta os mercados em que há maior risco de desenvolvimento excessivo da oferta.


Belo Horizonte e Manaus são as cidades que apresentam o maior risco de superoferta. Na capital mineira, uma lei municipal incetiva a construção de novos empreendimentos. Porto Alegre e Salvador apresentam “sinal amarelo”. Recife tem poucos dados disponíveis, mas também vive um momento de alerta. A construção do Porto de Suape dinamizou a economia no Estado, propiciando um cenário propício a construção de novos hotéis. Contudo, as perspectivas no longo prazo demandam atenção.



Por outro lado, São Paulo ainda tem demanda para novos quartos. Entre as cidades-sede, é a mais promissora. Curitiba não tem todos os dados disponíveis, mas também apresenta um mercado hoteleiro com potencial, enquanto o Rio de Janeiro se mostra uma praça com espaço para empreendimentos de categoria economica.


“Os dados divulgados pelo Fohb são úteis não somente para os investidores, mas também para os governos. Nossos números podem ajudar a identificar cidades com potencial turístico – seja de lazer ou eventos ”, afirma Rotter.


Divulgação: Hosteltur

Os comentários estão desativados.

Mais Notícias



VOLTAR