
Safra e Colheita – Foto: Cassius A. Fanti
Inverno com bastantes horas de frio garantiu descanso às videiras – agora, fases de brotação e floração não precisam de muita chuva
Durante os meses de baixas temperaturas, as videiras ficam dormentes – acumulando estoques para a produção do próximo ciclo (brotação, floração e frutificação). Este inverno apresentou um número de horas de frio acima da média, o que para a videira é importante a fim de acumular reservas para a produção seguinte. “Esse maior acúmulo cria a expectativa de uma boa produção de uvas na próxima safra. Além disso, o frio se estendeu por um longo período, o que fará com que a brotação dos vinhedos inicie um pouco mais tarde em relação ao que tivemos nos últimos anos”, comenta o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari.
Na fase final do inverno (transição entre os meses de agosto e setembro) a maior parte dos vinhedos já foi podada, sendo realizada a poda seca somente em alguns vinhedos de variedades mais tardias. Além disso, foram amarrados os galhos deixados para que a nova brotação possa ser conduzida de maneira adequada. Quanto ao solo, foram correções somente nos casos em que se observou alguma deficiência através de análises específicas.
Morari ressalta que em alguns vinhedos de variedades mais precoces – como Chardonnay e Pinot Noir, por exemplo – a brotação iniciou no final de agosto. “No entanto, a maior parte da brotação nos vinhedos iniciou na metade de setembro. Com o despertar da videira e a brotação, realizamos os tratamentos fitossanitários para proteger a nova brotação de doenças fúngicas”, explica.
Expectativa na primavera
A primavera é um período fundamental para a qualidade e quantidade de uva a ser produzida na próxima safra, pois nela ocorre a floração dos vinhedos. O ideal é que seja um período seco, já que chuvas nesse período causam maior incidência de doenças fúngicas, além de aborto das flores, reduzindo a quantidade de uva produzida e, muitas vezes, impactando também a qualidade das frutas. “Nossa expectativa é que as chuvas sejam moderadas para que tenhamos uma floração tranquila nos vinhedos, com uma frutificação sadia e dentro do normal”, assinala o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi.
Sobre a Cooperativa Vinícola Garibaldi
Em 2018, a Cooperativa Vinícola Garibaldi celebra a passagem de seu 87º aniversário, festejando a concretização de mais um ano em sua história – que começou a ser escrita pela união de diversas famílias de agricultores como alternativa para vencer as dificuldades econômicas do país na época. Atualmente, congrega 400 famílias associadas, distribuídas em 15 municípios da Serra gaúcha. Seu portfólio tem 70 produtos distribuídos em 12 marcas, entre vinhos tintos e brancos, espumantes de diversas variedades, linhas de exportação, frisantes, filtrados, sucos de uva e opções orgânicas.