No mundo dos negócios, a pandemia também trouxe várias mudanças e uma das mais importantes, que realmente quebra paradigmas e muda o formato de interação B2B, B2C e B2W (Business to World – negócios para o mundo), são as feiras virtuais. “No Brasil as feiras virtuais ainda aparecem timidamente, mas já temos casos de sucesso com resultados visíveis. As feiras virtuais têm a seu favor menores investimentos, maior área de influência, menores riscos e maior visibilidade”, segundo a empresária Zoraida Lobato, formada em Gestão Empresarial e Comunicação com especialização em Marketing Digital, responsável pela introdução no país dos principais eventos em tecnologia digital, como o Digital Design World.
O desafio é concretizar visualizações em negócios, exatamente como na feira física. Trabalhando há mais de 25 anos nesse mercado, a empresária cita um exemplo na área de alimentos e bebidas, uma das categorias em que atua com as feiras Wine Weekend São Paulo Festival, Wine Trade Fair e Cachaça Trade Fair. Para suprir uma demanda de prorrogação de uma das feiras para 2021, foi montada uma feira virtual imersiva para o B2C, com o objetivo inicial de atender apenas os visitantes que já tinham adquirido ingressos previamente. “A expectativa era chegar a 2.000 inscritos em três meses, e chegamos a 4.800 inscritos, com um crescimento nas venda de 38%, acompanhando o crescimento do setor”, conta.
Por conta desses resultados, a empresa está expandindo essa expertise para outros segmentos, com a perspectiva de que todos os setores deverão ter uma feira física e uma feira virtual, ambas complementando uma plataforma com objetivos e resultados complementares. “Muita coisa está mudando, e a principal é o amplo uso da tecnologia em campos que anteriormente existia uma dificuldade cultural e de implantação, mas a necessidade fez acelerar o processo e o que poderia levar anos se instalou em seis meses”, comenta a empresária.