Festa da Uva incentiva produção do fruto em Caxias do Sul

por migracao

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Em 1931, os produtores de uva em Caxias do Sul criaram um jeito de celebrar a farta colheita do fruto na região serrana. Surgia assim, a Festa da Uva. A abundância da terra acompanhou o desenvolvimento do evento, que se tornou uma das tradicionais festas do Rio Grande do Sul. E mesmo com apenas 7% da população caxiense vivendo no campo, o município é o maior produtor de hortifrutigranjeiros do estado.

“A nossa produção agrícola é muito significativa, produz muito. Somos um dos municípios do Rio Grande do Sul com o maior Produto Interno Bruto (PIB) Agrícola e respondemos por cerca de 30% do que é comercializado no Ceasa de Porto Alegre”, explica o diretor técnico da Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul, Gilmar Onsi.

Por ano são produzidos aqui quase 82 mil toneladas de frutas como maçã,  ameixa e caqui. Desse total, a uva representa a maior parcela: 60,1 mil toneladas que são cultivadas em 3,7 mil hectares. O sucesso deve-se, entre outros fatores, à Festa que estimula a produção e a qualidade dos frutos.

“A Festa da Uva, de certa forma, estimula os produtores de uva. É algo que vem de muitos anos. Muitos agricultores se preparam para a participação com um sentimento de história, de cultura, de preservar a tradição”, destaca o diretor.

Uma das formas de incentivo é a compra do fruto para a distribuição gratuita na Festa da Uva. “Compramos para esta edição 300 mil quilos de uva. Procuramos pagar três vezes mais do que o preço fixado no mercado. Essa é uma das maneiras de valorização dos nossos agricultores”, explica o presidente da 30ª edição da Festa da Uva, Edson Nespolo.

Além da uva, são produzidos em Caxias do Sul mais de 57 mil toneladas de horticultura. O destaque é para a produção de tomates, que corresponde por 21 mil toneladas.

Celebrar o avanço da produção familiar


A Festa da Uva, na 30ª edição, continua celebrando a produção dos colonos, como são chamados os agricultores familiares da região. Comemorar sucessos como a da produtora Nona Terezinha, 75 anos, que desde que abriu a primeira agroindústria de Caxias do Sul, em 1998, expõe as geleias e os doces fabricados a partir das receitas da família na Festa. “Eu gosto de participar porque vem muito turista e a gente tem a oportunidade de compartilhar o conhecimento, dar informação. Há 15 anos estou aqui com a agroindústria, mas sempre gostei da festa”, conta


A produtora Odete da Cás, 48 anos, foi uma das primeiras agricultoras familiares a participar da Festa da Uva em um espaço dedicado ao setor. “Há muito tempo o nosso pavilhão era bem pequeno. Mas depois de uma divulgação, ganhamos visibilidade e começamos a comercializar o nosso produto. Hoje, este espaço virou uma tradição como a própria festa”, conta.

A agroindústria da família de Odete produz leite, queijos, iogurtes e doces, no município de Farroupilha (RS), a 25 quilômetros de Caxias do Sul.

União
Para o agricultor familiar Paulo Melos da Silva, 40 anos, a Festa da Uva representa um momento de união e valorização da colônia. “A Festa é muito importante não só para divulgarmos o nosso produto, como proporciona a união. Toda colônia se reúne aqui. Um traz um produto, outro traz outro. E ainda têm os jogos coloniais”, afirma.
 


A Olimpíada Colonial, citada por Paulo, é uma competição que resgata as tradições da serra gaúcha durante a Festa da Uva. Os jogos são realizados nos distritos de Caxias do Sul, como em Ana Rech, região localizada a 15 quilômetros do centro caxiense. Entre as disputas estão: laço da vaca parada, jogo da cuccagna e amassar uva com os pés.


Divulgação: Mda – Ministério do Desenvolvimento Agrário

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