FHAN – Fórum de Hospedagem e Alimentação do Nordeste 2021

Marcelo Boeger 2021

 

Tendências da Gestão de Governança – A operação hoteleira e os protocolos

Maria José Dantas, presidente nacional da ABG e Marcelo Boeger, professor, consultor e Mestre em Gestão da Hospitalidade, conduzirão o painel acima, no dia 03/11/21, às 18h30. Eles são os dois maiores especialistas desse tema, o público pode esperar uma troca muito relevante de conhecimento especializado nesse debate. Será uma importante contribuição aos participantes e para todo o setor hoteleiro.

Como oferecer uma hospedagem segura? Quais são ainda os pontos críticos? Marcelo Boeger analisa:

“No início da pandemia, não sabíamos quais seriam exatamente as suas implicações e quase nada sobre o comportamento desta doença. Elevamos as barreiras sanitárias ao máximo em todos os setores para garantir que causasse o menor impacto possível e o menor número de mortes. A hotelaria respondeu de forma madura e consistente. Os hotéis rapidamente adotaram medidas para este enfrentamento.

Com o passar do tempo e a retomada e reabertura da indústria de serviços, a indústria hoteleira, por meio de seus gestores, percebeu que algumas medidas faziam sentido e que deveriam passar a ser adotadas pela operação.

Outras, porém, transcendem a própria hotelaria – como o correto uso das máscaras faciais, a lavagem das mãos, o distanciamento social, a ventilação natural e a sanitização de ambientes, que continuam sendo armas poderosíssimas como métodos preventivos no combate a transmissão.

Também percebemos que a pandemia não iria acabar tão cedo e que teríamos que conviver com alguns padrões, pois aquilo que muitos apostavam que seria uma “corrida de cem metros” se transformara em uma enorme maratona com um agravante: sem qualquer previsão de onde fica a linha de chegada.

Como hoteleiros, responsáveis e flexíveis, temos que considerar a capacidade de todo o time em saber quando flexibilizar ou endurecer as medidas protocolares e isso deve ser estendido por toda a nossa operação. Ainda que futuras doenças se instalem em nosso meio, no futuro temos que apropriar em nosso repertório ações que nos protejam de toda instabilidade provocada pela pandemia.

Entendo que esta reflexão deve ser mesmo provocada pela ABG e de outras entidades que representam e lideram a hotelaria de nosso país.

Para o setor é importante ter um padrão único, pois não faz sentido hotéis competirem entre si, mostrando que um é mais seguro do que outro. Para o mercado que utiliza hotéis, é importante transmitir aos hóspedes que ir a um hotel é seguro, independente de qual hotel ele escolha.

Uma série de procedimentos tanto na Governança como no Front Office e Alimentos e Bebidas serão, sem dúvida, mantidas no pós-COVID, não por conta da pandemia, mas porque faz mais sentido para o mundo que vivemos hoje e para o mercado consumidor.

Outros, porém, que eram mandatários em épocas em que as taxas de transmissão eram altíssimas, devem ser reavaliados e acionados somente em situações de crise.

E é justamente sobre estes temas que iremos debater neste evento em Recife.

 

 

Maria Jose Dantas complementa: “Vamos acrescentar os pontos mais sensíveis para a operação, suas equipes, e gerar o correto alinhamento entre os participantes.

A segurança dos processos que preconizamos no desenvolvimento dos protocolos não foram em vão. Eu acredito que tanto as empresas quanto as equipes operacionais amadureceram muito no que diz respeito ao cumprimento de padrões e segurança no processo de limpeza.

Inúmeras empresas hoteleiras buscaram produtos e equipamentos profissionais no início da pandemia, com o objetivo de se adaptar à “Era Covid”, foi um período de muitas incertezas. Alguns ainda não usavam e passaram a usar, outros que já estavam em processo de evolução para a profissionalização aprimoraram suas práticas, tornando seus processos mais seguros para hóspedes e colaboradores.

Isso também foi positivo para despertar nas equipes outro nível de responsabilidade e consciência sobre a importância do seu trabalho ser bem executado. Hoje sabemos bem mais sobre as formas de transmissão, já temos vacina, mas a pandemia não acabou. Vamos abandonar do processo inicial, todos os excessos, mas a essência da segurança do processo de higienização e limpeza é inegociável.

O nosso debate seguirá nessa linha. É como se estivéssemos nos aproximando da linha de chegada de uma maratona, falta pouco.

Eu entendo que muitas das práticas absorvidas e incorporadas pelas equipes foram uma evolução no processo. Já era necessário, foi apenas acelerado com a pandemia. Não faz sentido aprender a fazer um processo corretamente, de forma segura, e depois voltar a fazer errado no improviso.

Se executar processos de higienização e limpeza de forma segura e correta não se justificasse por si só, por uma questão de coerência e responsabilidade, deveríamos desejar muito ver as nossas equipes trabalhando em conformidade com as melhores práticas profissionais do setor.

 Essa pandemia nos trouxe também muitos ensinamentos, temos muitos ajustes a fazer, vamos ajustar e valorizar todo o aprendizado. Quais foram as lições aprendidas?”, finaliza Maria Jose Dantas – Palestrante, presidente nacional da ABG – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais de Hotelaria.

Divulgação: Maria José Dantas

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