Gestão ruim leva à falência

por migracao

Gestão ruim leva à falência
Juliana Gontijo


Gerenciamento errado derruba o faturamento e produtividade


Ter um bom produto ou serviço não basta para ter sucesso no mundo dos negócios. É preciso ter um bom gestor na organização, segundo o consultor e economista Otto Nogami. “Há uma grande parcela de falha humana entre os motivos que causam o fechamento de uma empresa”, assinala. Levantamento feito pela Nogami Participações com 650 empresários mostrou que o baixo faturamento (39%) e pouca produtividade (33%), além de gastos excessivos (24%) são os fatores mais comuns que levam ao fechamento de empresas. Muitas vezes, esses fatores são fruto de decisões erradas dos gestores.


“Numa empresa, o plano de marketing pode ser perfeito, a estratégia de vendas pode ser um primor, mas tudo pode ir água abaixo se não houver alguém capaz de promover uma correta implementação, fazendo as correções necessárias em tempo hábil”, destaca.


Para Nogami, o bom desempenho de uma empresa começa antes do início das atividades, na escolha da área de atuação e no conhecimento do mercado. “O fato é que, quando as pessoas decidem abrir uma empresa, na maioria dos casos, elas se focam para as suas especialidades. A ideia é que se sou um bom vendedor, devo abrir um comércio, mas isso não é suficiente”, diz.

O analista de finanças do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG), Arnou dos Santos, aponta a falta de planejamento como o principal motivo que leva ao encerramento da vida das empresas. Foi justamente a falta de planejamento que levou um empresário do ramo moveleiro do interior do Estado, que preferiu não ser identificado, a quase parar as operações da fábrica. “A empresa durou muitos anos com base na intuição, no achismo. Só que, hoje, o mercado é muito competitivo, só sobrevive quem é profissional”, diz.


Para ele, a gestão é fundamental. “A mudança começou pela cultura da empresa. Não tínhamos metas, indicadores. Tudo mudou quando procuramos uma consultoria entre 2005 e 2006. Hoje, a situação é outra, pagamos as dívidas e estamos caminhando”, observa. O empresário ressalta que as dificuldades vividas entre 2002 e 2004 ficaram para trás.


O consultor e economista Otto Nogami frisa que não há empresas à prova de falências. “É um risco que atinge empresas de todos os portes, de todos os setores. Agora, devemos procurar aprender com as que não deram certo, para evitar os mesmos erros”, diz.
Cultura

Solução. Para “salvar” uma empresa que passa por dificuldades quase sempre é preciso mudar a sua cultura e procurar ajuda especializada para levantar os motivos que e apontar possíveis soluções.

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