A Prefeitura de São Paulo concedeu o Complexo do Anhembi, na Zona Norte da Capital paulista, para gestão e exploração comercial à GL events por 30 anos pelo valor de R$ 53,7 milhões.
A GL events deverá modernizar o complexo, que completou 50 anos em 2020, e, em contrapartida, poderá explorar comercialmente a área, que recebe feiras de negócios, congressos, convenções, shows e festivais, e que poderá contar com parcerias junto a agências bancárias, casas de espetáculo, farmácias, conveniências, hotéis e estacionamentos.
Entre os investimentos previstos estão a requalificação do Pavilhão de Exposições, como a instalação de ar-condicionado, a reforma no Sambódromo, e a ampliação e a diversificação de áreas locáveis, com o aumento da área do Palácio das Convenções.
Além da outorga fixa de R$ 53,7 milhões, que é uma espécie de aluguel, o plano de negócios estimou investimentos da ordem de R$ 620 milhões durante o período de vigência do contrato.
O edital também determinou que a concessionária pague 12,5% da receita operacional bruta para a Prefeitura, não podendo ser menos que R$ 10 milhões por ano.
Durante os 30 anos de concessão, a gestão Bruno Covas (PSDB) prevê um benefício de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos.
A SPTuris adaptou 100 mil m² de área para que se tornassem o espaço multiuso Arena de Lazer Sambódromo Anhembi, em um investimento de R$ 350 mil.
Projeto inicial: Privatização do Anhembi
Em dezembro de 2017, o então prefeito de São Paulo, João Doria, sancionou uma lei que autorizava a administração municipal a privatizar o Complexo do Anhembi e a São Paulo Turismo (SPTuris), empresa oficial de turismo e eventos da Capital.
A ideia era manter o Sambódromo e investir em prédios mais modernos para o restante da área.
Nesse ano, o prefeito Bruno Covas, então decidiu conceder todo o Complexo do Anhembi para a iniciativa privada com lance mínimo de R$ 53,7 milhões.