Hotelaria paulista traz sinais de melhora em setembro

A 15ª edição da pesquisa da série exclusiva, realizada pela ABIH – SP, resume o desempenho da hotelaria paulista no mês de setembro/21. Faz breve análise dos resultados e do momento vivido pelo mercado. Importante reiterar e frisar: as comparações foram feitas com o mesmo período de 2019, na pré-pandemia. Os números de 2020, em função da pandemia, distorcem dados comparativos.

Esta pesquisa foi realizada de forma independente e adotou alguns comparativos com dados de outras entidades para rerratificar as análises. As entidades de referência e comparação foram; O InFOHB, Observatório do Turismo de São Paulo, Visite Campinas, ACE Ilha Bela, Caraguatatuba e São Sebastião, dentre outras.

Registrou-se o retorno dos hotéis de 15 MRTs do Estado, que compreende 572 municípios e 150.867 Uhs de oferta total. Considerou-se 95.064 Uhs (63,01%) dos municípios que responderam à pesquisa. Foram considerados, para cálculo de taxa de ocupação, tanto a diária média como o RevPar, apenas os hotéis abertos e em operação.

Referência importante: o status de fechado diz respeito à declaração dada de inoperação no momento da pesquisa. Não há como considerar a condição de fechamento provisório ou definitivo. Este status traz a variação mês a mês de propriedades declaradas.

 

Os três principais indicadores do mês de setembro/21 revelaram:

1 – Taxa de ocupação do Estado 46,06%. Indicador mantendo a tendência de variação negativa com -31,08% em relação a setembro/19.

2 – Diária média do Estado R$ 253,28. Indicador mantendo a tendência de variação negativa com -19,01% em relação a setembro/19.

3 – RevPar do Estado, R$ 116,66. Indicador mantendo a tendência de variação negativa com -44,95% em relação a setembro/19.

A pesquisa demonstrou que, no mês de setembro/21, o número de hotéis abertos manteve-se estável, com 98,43% do total pesquisado, contra 98,33% no mês de agosto/21. A relação funcionários/Uhs aumentou para 0,35 func/UH – uma recuperação modesta de 5,15% em relação a agosto/21. Porém, este indicador apresenta cerca de -41,50% (variação negativa), se comparado com o início desta série histórica.

 

Longe do ideal

Em setembro/21, variações positivas superaram as negativas nos resultados de Ocupação e Diária Média das MRTs pesquisadas. No entanto, muito aquém do ideal. As MRTs com apelo corporativo continuam processo lento de recuperação, com sinais evidentes de melhoria em clima de retomada.

Nos meses de outubro e novembro, com a retomada dos eventos corporativos, hotelaria alimenta expectativa otimista. Já o segmento de lazer, dado o bom resultado no feriado da independência, mantém otimismo. Os demais feriados até o final do ano e a entrada da alta temporada reforçam boas expectativas de ocupação e receita.

 

Taxa de funcionários/UH – Estado de São Paulo

Este indicador demonstrou, mais uma vez, ligeira recuperação em setembro/21. No entanto, as contratações ainda estão aquém dos indicadores pré-pandemia. A queda histórica desta série ainda se encontra estimada em 41,5%. Constata-se tendência de alto índice de demissões causadas pela pandemia e, também, a morosidade no processo de recontratação.

 

 

Índice ficou em 46,06%, 12,12% maior que agosto/21. Porém, com variação de -31,08% em relação a setembro/19. Repete-se o resultado pelo terceiro mês consecutivo – a maior taxa de ocupação apurada desde o início da série.

Em setembro/21, as MRTs apresentaram variação mesclada em relação a agosto/21. Destaque para a Capital Paulista e Região de Ribeirão Preto, com boa recuperação por conta da liberação dos eventos. Apenas quatro MRTs apresentaram retração.

Pesquisa identifica tendência de incremento nos polos corporativos a partir de outubro. E a consolidação das taxas e receitas, pela entrada da alta temporada de lazer.

 

 

A análise sucinta desse indicador dá conta de que a diária média acumulada do Estado foi de R$ 253,28 – variação de -19,01% em relação a setembro/19. Já em setembro/21, na comparação com agosto/21, houve +7,41% de crescimento.
Apenas quatro MRTs apresentaram variação negativa. Destaque para as MRTs Alta Mogiana e Vale do Paraíba – Serras e Litoral Norte, com as maiores recuperações, após apuração negativa no exercício anterior.
Expectativa segue a tendência da análise das taxas de ocupação – gradativa recuperação do corporativo e lazer com sinais positivos, por conta da aproximação da alta temporada.

 

 

Análise da RevPar de setembro/21 demonstra que esse indicador acumulado no Estado foi de R$ 116,66 – variação de -44,95% em relação a setembro/19. E de +20,46% em relação a agosto/21.

Em setembro/21, somente as MRTs Terra do Sol, Capital Expandida e Circuito das Águas apresentaram variação negativa em relação a agosto/21. Nas demais, variação positiva.

 

Principais Fontes e Referência da Pesquisa:

Respostas da Hotelaria – Formulário de Pesquisa ABIH-SP. Amostragem: levantamento e mapeamento – Pesquisa UAMTOUR; Cadastur; Receita Federal – CNAE; Embratur.

Comparativos de Dados: Observatório do Turismo; Visite Campinas; InFOHB; Atibaia e Região; ACE – Ilhabela; CIET – Centro de Inteligência Econômica do Turismo – SETUR.

O projeto de pesquisa de desempenho da hotelaria paulista, que chega à 15ª edição, foi idealizado por Ricardo Roman Jr. – Presidente ABIH-SP. Gláucia Sangiovanni Paiva, gerente operacional, é a responsável pela captação de dados. E Roberto Gracioso, membro do Conselho Fiscal da entidade, é o coordenador e responsável pelo desenvolvimento do projeto.

Divulgação: AMIgo! Comunicação Integrada

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