De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, com o final da Copa do Mundo e a alta do dólar, que vêm refletindo no turismo interno, a segunda quinzena de julho alavancou a média de ocupação da hotelaria nacional do mês. O levantamento também apontou uma recuperação das taxas de ocupação no país, em comparação a 2017, mas o setor mostra-se preocupado com a retração da diária média nos principais destinos.
“Invariavelmente, a Copa do Mundo ocasiona uma queda na taxa de ocupação, mas vimos uma recuperação em todo país, durante a segunda quinzena. A alta do dólar também já começou a influenciar o turismo interno e a opção pelo destino nacional é a mais coerente” analisa Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional.
As férias na Argentina também ajudaram a aquecer a ocupação em destinos como Rio de Janeiro e Santa Catarina, que estão vendo também uma maior circulação de turistas do Mercosul e países latinos.
“Em nosso levantamento com as ABIH´s Estaduais, registramos que além do argentino, os uruguaios, paraguaios, chilenos e colombianos estão começando a chegar em maior número ao Sul do país e os turistas, vindos do estados do Sul e do Norte, têm aumentado no Rio de Janeiro” completa Linhares.
No Rio de Janeiro, os finais de semana de julho no interior, a exemplo da Região Serrana, vêm registrando uma taxa media de ocupação de 88 a 90%. Na capital, a expectativa é fechar o mês com 60% de ocupação, contra os 56,85% registrados no ano passado.
Em São Paulo, julho apresentou um crescimento de ocupação no litoral e interior de 4% a 7% em relação a 2017. A capital tem confirmado um crescimento de 1% de ocupação durante o período, notadamente porque o próprio período de férias diminui a hospedagem de negócios.
No Ceará, apesar da Copa, Fortaleza, em julho, registrou uma média de 83%, muito devido ao Carnaval fora de época, o Fortal, contra os 82% registrados em 2017.
Na Bahia, que tem comemorado uma recuperação em sua hotelaria, em julho, a taxa de ocupação de Salvador superou os 60% de ocupação, índice maior do que os 56,8% registrados no mesmo período de 2017.
Em Pernambuco, a primeira quinzena do mês confirmou a retração causada pelos jogos da Copa. Em Recife, julho alcançou 60%. Em 2017, essa taxa foi de 65%. Com essa retração pontual, Porto de Galinhas também viu sua taxa de ocupação cair para 80% esse ano, sete pontos percentuais abaixo de julho de 2017.
No Rio Grande do Norte, Natal atingiu 76% de ocupação em seus hotéis durante o mês.
Alagoas, no segundo semestre de 2017 e início de 2018, teve a abertura de quatro hotéis em Maceió, mas vem mantendo sua ocupação, apesar do aumento de ofertas de leitos, e atingiu 72% de ocupação durante o mês de julho.
No Sul do país, Santa Catarina também registrou uma queda na ocupação durante a primeira quinzena do mês e fecha o mês com 70%. Em 2017, a ocupação foi de 82%.
No Rio Grande do Sul, Porto Alegre, registrou uma ocupação na ordem de 57%, ficando seis pontos percentuais acima de 2017, que fechou em 51%.
Na Serra Gaúcha, Gramado baterá 85% de ocupação, perdendo somente 1% de sua ocupação em relação a 2017.
No Paraná, Curitiba fecha o mês com 63% de ocupação e Foz do Iguaçu 76% de ocupação no mês julho.