A empresa de investimentos britânica enxerga um grande potencial de investimentos em “fine wines” no país e escolhe o português Cláudio Martins para representá-la
O português Cláudio Martins, da consultoria de vinhos Martins Wine Advisor, acaba de ser escolhido pelo OENO GROUP, empresa britânica de investimentos em “fine wines”, para representar o grupo no Brasil.
A entrada da empresa portuguesa, recentemente reconhecida no Reino Unido como a Wine Advisory Service of the Year, no negócio da OENO, deve abrir caminho para o posicionamento dos vinhos de luxo no mercado de investimentos brasileiro.
Com sede em Londres e escritórios na França (Bordéus), Itália (Toscana), Estados Unidos (Nova Iorque), Espanha (Madrid) e Alemanha (Munique), o Brasil é agora um dos destinos para o crescimento do grupo.
Fundada pelo especialista em vinhos, Daniel Carnio, a OENO nasceu para tornar o mercado dos vinhos raros acessível a todos os investidores. Como a única empresa de “fine wines” do mundo que integra a Wine & Spirit Trade Association (WSTA), tem estado sob sua tutela alguns dos mais marcantes investimentos em vinhos dos últimos anos, como é o caso da garrafa de 18 litros do vintage de 2011, de Liber Patter.
A marca de Bordéus, representada por Cláudio Martins, tinha três exemplares únicos dessa colheita. Vendeu uma por 200 mil euros. A segunda foi negociada pelo OENO que a vendeu a um comprador privado, em janeiro de 2021, sem revelar o valor.
A terceira será colocada à venda em 2022. “É claro que não é todo nem qualquer vinho que pode estar na categoria de investimento. Quando se produz um vinho com caraterísticas de investimento, ele está associado a uma marca que já tem o seu valor, que é produzido em quantidades reduzidíssimas, entre outras caraterísticas que o diferenciam e tornam sua procura superior à oferta, fazendo disparar o seu valor.
O investimento em vinho tem um crescimento de 10 a 12% ao ano, sem grandes oscilações”, explica Cláudio Martins. São cada vez mais os investidores a reconhecer o potencial de investir em “fine wines”.
Em 2012, um relatório do Barclays Wealth and Investment Management, serviço do Barclays Bank para clientes com rendimentos elevados no Reino Unido, constatou que mais de um quarto de todos os indivíduos com alto patrimônio líquido possuía uma coleção de vinhos correspondente a pelo menos 2% da sua riqueza.
Ainda com base em dados publicados no Reino Unido, o Índice de Investimento de Luxo, Knight Frank, indicou que na última década, os ativos de “fine wines” cresceram 147% e o Wealth Report de 2017 revelou que o vinho teve um desempenho superior a outros ativos de luxo naquele ano. “Com as crescentes incertezas no mercado e receio de uma recessão, os “fine wines” tornaram-se um ativo cada vez mais popular para os investidores experientes. “Acredito que será um diferencial muito interessante para os grandes investidores brasileiros poderem ter a possibilidade de entrar na compra de ativos de vinhos”, afirma Cláudio Martins.
Sobre a MWA
Fundada em 2014 por Cláudio Martins e Micaela Martins Ferreira, a Martins Wine Advisor presta serviços de consultoria ao mercado HORECA, consumidor privado e consumidor final, bem como ao segmento corporate. Em 2018, inicia com a área de gestão de ativos (vinhas e quintas), proporcionando aos investidores o contato com projetos estruturados. A MWA engloba atualmente cerca de 20 clientes internacionais e nacionais. Mais informações em www.martinswineadvisor.com