Os três mosqueteiros do Vale do Maipo

por Glaucia Balbachan

Crédito/Foto: Divulgação

 

O Maipo em três versões

Quando se fala em vinho chileno da região do Maipo sempre é gerado uma grande expectativa – um consenso comum de qualidade, cultura e paixão. Região privilegiada é possível reconhecer as origens, nuances e texturas desse terroir.

Com passagem rápida pelo Brasil, três importantes produtores chilenos, ambos da região do Vale do Maipo, onde é a localidade dos vinhos mais emblemáticos no Chile.

É o pedaço de terra onde os melhores Cabernet Sauvignon são feitos. 70% da produção dessa variedade é cultivada por lá. Também se planta de forma grandiosa a Carmenère, Merlot e Syrah. Uvas brancas como Chardonnay e Sauvignon Blanc também ganham presença no Maipo.

De passagem rápida por São Paulo, os representantes das vinícolas Cousiño Macul, Santa Ema e Pérez Cruz reuniram imprensa em jantar especial para falar sobre suas marcas e apresentar rótulos de alta gama.

O jornalista Beto Duarte ciceroneou o evento chileno expondo as características da região do Maipo, terroir, clima das últimas safras, abrindo comentários sobres os vinhos degustados na companhia de cada representante.

Os trabalhos deram inicio com a vinícola Cousiño Macul com o único branco do jantar – trata-se do Finis Terrae White Blend 2018. Um blend adorável de Chardonnay, Riesling e Viognier. Super fresco com notas aromáticas de frutas tropicais, mel e toque floral. No paladar ótima acidez, equilíbrio, fruta madura com notas de mineralidade.

Em seguida o tinto Finis Terrae 2014 – Premium Red Blend, com as uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, que resultou na taça, frutas negras, mirtilo, cerejas e amoras e violeta. No paladar complexidade, elegância e equilíbrio. O destaque ficou por conta do Lota 2015.

Trata-se do icônico e Ultra premium que teve sua primeira safra em 2003, quando foi elaborado para festejar os 150 anos a vinícola. O vinho é pura elegância. (Instagram: @cousinomacul)

 

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Vinícola Santa Ema

Em 1986, os primeiros rótulos da Santa Ema chegaram no Brasil e hoje está presente em mais de 30 países da América, Europa e Ásia. A marca está entre as 10 mais vendidas, está presente em restaurantes, hotéis e lojas. Provamos o Catalina 2017, um blend com Cabernet Sauvignon, Carmenère e Cabernet Franc. Com passagem por carvalho por 14 meses, o vinho é adorável com notas de frutas negras, herbáceo, tabaco e toque defumado. Com paladar integrado, boa acidez e taninos macios. Mas a cereja do bolo foi o seu outro rótulo ultra premium da marca, o Rivalta safra 2017.

Para este vinho foi mesclado Cabernet Sauvignon, Carmenère, Carignan e Syrah e estagiou em carvalho francês por 15 meses conferindo um vinho suntuoso no paladar. No nariz é adorável e complexo – amoras, cassis, ameixa, pimenta preta, café, chocolate e toque defumado. No paladar é elegante, redondo com acidez equilibrada e taninos maduros e aveludados. Marcante do início ao fim. (Instagram: @vinasantaema)

 

Crédito/Foto: Divulgação

 

Perez Cruz

Já é uma referência aqui no Brasil. Os vinhos de uma forma geral são todos bons. Já são uma presença marcante  em várias degustações e lançamentos em SP. Os vinhos brancos e tintos nos tira o fôlego muitas vezes. Provamos o redondo Linguai Red Blend 2018, o envolvente Pircas, mas deixamos o Quelen para falar um pouco mais.

O Quelen é um vinho mais estilo velho mundo com blend de Petit Verdot, Carmenère e Cot. No nariz frutos negros, pimenta preta, madeira bem integrada e toque mentolado. No paladar é cheio de personalidade, elegância, equilíbrio e potência. Os taninos são granulados e saborosos e a acidez na medida certa. (Instagram: @perezcruzwines)

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