Paletas Mexicanas: o picolé que está revolucionando o mercado de sorvetes

por migracao

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Por Neudo Lambertucci Filho
 
Verão e sorvete. No Brasil, esses são elementos quase que indissociáveis, complementares e, por que não dizer: sinônimos. Não é para menos, o clima tropical do País pede uma sobremesa gelada e democrática para toda a família. Dentro dessa lógica, a Paleta Mexicana caiu no gosto do brasileiro e se tornou a nova febre gastronômica desta estação. Assim como toda novidade, a moda do “picolezão” deve esfriar um pouco nos próximos verões. Mas certamente esse novo conceito, que foi importado dos nossos hermanos, veio para revolucionar o mercado de sorvetes por aqui.
 
Segundo dados da Abis (Associação Brasileira de Sorvetes), em dez anos – de 2003 a 2013 – o consumo de sorvete passou de 685 milhões de litros para 1.244 bilhões de litros, um aumento de 86,1%. A organização prevê que o crescimento expressivo manterá o mesmo ritmo em 2015 e nos próximos anos.
 
A chegada da Paleta Mexicana deve ajudar a projeção de crescimento a se confirmar. No entanto, a maior contribuição desse modelo de picolé vai acontecer não nos números de consumo, mas sim no hábito do brasileiro. As Paletas estão nos tornando consumidores mais exigentes.
 
O picolé brasileiro tem tradicionalmente 60 gramas – metade do que é oferecido pelo modelo mexicano – e o que predomina, é claro que há exceções, é o produto mais simples,sem incremento de sabor e artifícios ao paladar. Embora existam ótimos picolés, normalmente eles são os ítens mais baratos dentre os diversos tipos de sorvete do mercado. Já as paletas são modelos mais elaborados, com pedaços de fruta, recheios e com maior apelo de experiência gastronômica.
 
Graças à chegada ao Brasil, nosso antigo amigo picolé será aperfeiçoado e deve ganhar novas nuances de sabor com mais apelo e, quem sabe até novas receitas. Certamente o preço também irá mudar, mas diante de tamanha melhora, nada mais justo do que pagar um pouco mais caro.
 
Com uma renda maior e mais acesso à cultura, viagens e bens de consumo, o brasileiro se tornou cidadão do mundo e passou a conhecer a alta gastronomia. Hoje em dia não abrimos mão da qualidade na alimentação e do acesso às novidades gastronômicas do mundo todo.
 
As indústrias e fornecedores de insumos estão sendo pressionados pela demanda dos consumidores a se reinventar. Outra movimentação do mercado está se acentuando por causa das sorveterias artesanais. Hoje não basta ser sorvete, tem que oferecer uma experiência ao consumidor.
 
É difícil prever quais os próximos passos, novas frentes de mercado e mesmo por quanto tempo essa curva de crescimento vai se manter. A única coisa que pode ser dita com certeza é que o mercado de sorvetes está mudando. O consumidor mudou e as empresas estão a um passo de se transformarem completamente graças a esses novos acontecimentos.
 
Neudo Lambertucci Filho é formado em engenharia de alimentos com experiência de 30 anos na indústria alimentícia e CEO da Blend Coberturas.
 


Divulgação:  InformaMídia Comunicação 


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