Pesquisa do IFB aponta crescimento de 54% nas compras do foodservice em junho

Levantamento FoodCheck Macrotrends é realizado com mais de 25 mil estabelecimentos em 2.500 cidades brasileiras

O segmento de alimentação fora do lar teve resultado positivo no mês de junho. De acordo com o FoodCheck Macrotrends, pesquisa de monitoramento das vendas de categorias de produtos do foodservice, realizada pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), o setor teve um crescimento de 54% nas compras realizadas por operadores em relação ao mesmo período de 2021. 

Se comparadas ao mês de junho de 2020, período de pico da pandemia e com severas restrições sanitárias nos estabelecimentos comerciais, o salto foi de 131% nas compras do setor. O crescimento é observado em todos os grupos de categorias. 

Quando comparado ao mês de maio deste ano, junho teve um aumento mais tímido, com 5%. No balanço dos últimos três meses, as compras de produtos para canais distribuidores, atacado e indústria apresentaram lenta recuperação. A retomada mais devagar pode ter sido influência da pressão que as famílias brasileiras estão sofrendo com a alta da inflação e dos combustíveis no país. 

Apesar do cenário, houve crescimento em todas as regiões do Brasil no comparativo com junho/21 e principalmente em relação a junho/20. Este ano, o maior share se apresenta na região Sudeste do país, com 50% das compras, seguida do Sul, com 32%. Nordeste tem 7% do share, Norte, 6% e Centro-Oeste, 5%. 

No comparativo de share valor contra o mesmo mês do ano passado, os destaques para ganho são os grupos farináceos e lácteos, enquanto os grupos que tiveram maior perda foram proteínas e grãos. Os produtos que apresentaram maior alta em junho foram: cerveja, maionese, ketchup, margarina e farinha de trigo. Por outro lado, azeite, refrigerante, salame e extrato de tomate apresentaram redução nas compras.

O estudo ainda evidencia desempenho positivo em relação ao mesmo mês do ano passado, mas agora com crescimento mais equilibrado entre os operadores. Padarias, restaurantes e lanchonetes se destacaram em junho, com o maior crescimento mensal do ano.

“A pandemia do coronavírus impactou de formas diferentes cada um dos setores da economia, e o foodservice foi um dos mais prejudicados pelas restrições. Em 2022, o setor já consolidou sua recuperação, e a expectativa é que os níveis pré-pandemia devem ser atingidos já em 2023. Nesse contexto, é importante que as empresas do setor estejam atentas às pesquisas e aos órgãos que estudam o movimento do mercado para traçar estratégias que auxiliem na tomada de decisões. Um aumento de 131% em relação ao pior ano de isolamento e de 54% sobre o ano passado podem trazer uma importante diretriz e uma esperança real para os empreendedores”, afirma Ingrid Devisate, diretora executiva do IFB.  

O IFB busca soluções para temas que impactam o mercado de alimentação fora do lar e apresenta a pesquisa FoodCheck Macrotrends com objetivo de monitorar as compras de categorias de produtos dos operadores independentes do foodservice, realizando a coleta de dados mensalmente.  

O monitoramento é feito com 93 categorias agrupadas em 13 grandes grupos de alimentos: aperitivos congelados, atomatados, bebidas, condimentos, farináceos, gorduras, grãos, lácteos, ingredientes secos, como açúcar, café, fermentos e outros, proteínas, pães e massas, embutidos e outros, que englobam 48 categorias agrupadas, desde achocolatados prontos para beber, azeitonas, chocolates em barra, seletas de legumes e diversos. As principais métricas do estudo são o share valor e a variação indexada a ele.  

A coleta de dados provém da transação de notas fiscais entre canais de abastecimento e operadores. O critério de escolha foi a própria necessidade de monitoramento desse público de operadores independentes e como o dado analisado no projeto provém da transação de notas fiscais, escolhidos pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), englobando padarias, restaurantes e lanchonetes. No total, participaram mais de 25 mil estabelecimentos em mais de 2,5 mil cidades brasileiras, representando em torno de 10% das compras feitas nos restaurantes do Brasil. 

“Caso a economia mantenha esse ritmo no Brasil, apesar do ano eleitoral e da disparada da inflação, a expectativa é que a compra de produtos dos independentes cresça de forma importante, contribuindo para o crescimento do setor de uma forma geral”, finaliza Ingrid.

 

Sobre o Instituto Foodservice Brasil 

O Instituto Foodservice Brasil (IFB) busca soluções para temas que impactam o mercado de alimentação fora do lar. Seu objetivo é elevar o segmento de Foodservice do Brasil a partir de análises, opiniões de líderes do mercado e estudos setoriais e exclusivos. Seu intuito é trazer para discussão questões que envolvem a cadeia de Foodservice no Brasil –produtores, fabricantes, fornecedores de produtos e serviços, operadores de restaurantes e demais estabelecimentos do setor de alimentação. 

Divulgação: NB Press Comunicação

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