O grupo Caesars Entertainment argumenta que depois de ter pago mais de US$ 25 milhões em prêmios de seguro para prevenir um conjunto de riscos com capital limite de US$ 3,4 bilhões
O grupo Caesars Entertainment, rede norte-americana de cassinos e resorts, avançou com uma ação judicial contra um grupo de seguradoras que, segundo a companhia, recusam compensar perdas estimadas em mais de US$ 2 bilhões que o grupo averbou em resultado da pandemia de Covid-19.
Na ação judicial entregue a um tribunal de Clark County, no Nevada (EUA), a Caesars Entertainment alega que adquiriu coberturas para todos os riscos de perdas físicas e danos, incluindo interrupção de negócio (Business Interruption) e que a maior parte das apólices não indica exclusão de perdas e danos causados por vírus ou pandemia.
A empresa argumenta que depois de ter pago mais de US$ 25 milhões em prêmios de seguro para prevenir um conjunto de riscos com capital limite de US$ 3,4 bilhões, não obteve ainda qualquer indenização por parte das seguradoras contratadas.
O grupo resultante da combinação recente entre a Caesars Entertainment Corporation e a Eldorado Resorts Incorporated fechou o exercício de 2020 com resultado líquido negativo de US$ 1,76 bilhões, penalizado pelo encerramento de estabelecimentos por causa da pandemia. A receita anual caiu 55% nas unidades em Las Vegas e em 34,5% na operação internacional do grupo que averbou queda de 42,5% na receita consolidada, face a 2019, para cerca de US$ 3,5 bilhões em 2020, indica o relato financeiro da rede de entretenimento e estadia.
A rede de cassinos afirma que continua a acumular perdas por causa da crise sanitária, apesar de ter adotado medidas de mitigação dos riscos associados ao SARS-CoV-2 (Covid-19). Alegando que as seguradoras estão violando contratos e a leis dos seguros do Nevada, a Caesars pede ao tribunal que reconheça e declare que as perdas estão cobertas pelas apólices de seguro.
De acordo com The Wall Street Journal (WSJ), o processo acionado pela Caesars Entertainment é mais um entre muitos em que as empresas reclamam indenizações do seguro para recuperar perdas de exploração relacionadas com a pandemia.
Até agora, de acordo com uma faculdade de Direito, da Universidade da Pensilvânia, que tem acompanhado os litígios judiciais no âmbito da pandemia, as seguradoras levam vantagem na contenda. Em mais de 200 processos opondo companhias a clientes segurados, mais de 80% das sentenças foram favoráveis às seguradoras, complementa o WSJ. (ECO Sapo)