Setor de hospedagem e alimentação fora do lar acredita que a modalidade é promissora e deve crescer muito nos próximos anos
O final do ano chegou e, com a maior parte da população do país vacinada, o mercado de turismo deve manter-se aquecido agora no fim do ano. A novidade, que põe em risco esta expectativa, é a recente descoberta da nova variante ômicron do coronavírus, considerada preocupante pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A situação reacendeu um alerta para o setor produtivo brasileiro: será que vai começar tudo de novo? A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) acredita que não.
No Brasil, viajar no fim do ano, seja com a família, amigos ou até mesmo sozinho, é quase uma tradição. Há, inclusive, cidades, como Foz do Iguaçu (PR), que tiveram sua capacidade hoteleira para a virada esgotada já em setembro deste ano.
Diante do novo cenário, o setor de turismo vem buscando alternativas de atrair o público, fazer a economia girar, mas sem ferir as normas sanitárias de proteção.
Dentre essas alternativas, surgiu o turismo sustentável, uma maneira diferente de conhecer lugares, respeitando a cultura, as pessoas e, principalmente, o meio ambiente. É uma forma de beneficiar regiões que possuem forte turismo, mas tentando reduzir os impactos negativos da pandemia nestes destinos.
“O turismo é essencial para algumas regiões brasileiras, pois gera emprego e renda para a população local. O Brasil possui grande riqueza natural, sendo um dos países com a maior biodiversidade, é possível incentivar o turismo promovendo a sustentabilidade, obedecendo às normas sanitárias e o uso responsável dos recursos naturais”, pontua Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2015, 10% dos turistas em todo o mundo buscaram o turismo ecológico. O faturamento anual do eco-turismo, em nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões. O Brasil participa dessa conta com cerca de US$ 70 milhões.
O turismo sustentável tornou-se, portanto, um forte aliado para a economia do setor de hospedagem e alimentação fora do lar, pois atrai turistas para lugares pouco frequentados, trazendo um conforto maior para quem deseja afastar-se da movimentação das grandes cidades e fugir das aglomerações, principalmente pela época de pandemia e novas variantes.
Dicas para aproveitar o Turismo Sustentável
1. Respeite a cultura local acima de tudo;
2. Procure por iniciativas que valorizem a experiência;
3. Preserve o meio ambiente em pequenos gestos;
4. Reavalie suas possibilidades de transporte;
5. Priorize sempre a economia local incentivando os comerciantes;
6. Dê preferência para estabelecimentos sustentáveis;
8. Repense a visita a lugares que violam direitos básicos;
7. Pratique o voluntariado, mas de forma consciente.
Sobre a FBHA
A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) é uma entidade sindical patronal constituída com a finalidade de coordenação, defesa administrativa, judicial e ordenamento dos interesses e direitos dos empresários da categoria e atividades congregadas. Integra a chamada pirâmide sindical, constituída pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pela própria FBHA, pelos Sindicatos e pelas empresas do setor.
É uma das maiores entidades sindicais do país e tem representação nos principais órgãos, entidades e conselhos do setor empresarial e turístico do Brasil, tais como o Conselho Nacional de Turismo (CNT), do Ministério do Turismo, ou o Conselho Empresarial do Turismo (Cetur) da CNC. Está presente em todas as regiões, através de 67 sindicatos filiados. Representa em âmbito estadual e municipal cerca de 940 mil empresas, entre hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares.