O desejo de regressar às origens, o amor à terra e a crença no terroir fizeram com que Diana Silva iniciasse este projeto. Decidiu apostar num projeto seu, na Região da Madeira e na mal-amada casta autóctone Tinta Negra, mas para elaborar vinhos tranquilos. Em 2018, lançou a trilogia Ilha – um tinto, um Blanc de Noirs (o primeiro da região) e um rosé, a que se juntou, mais tarde, um Branco da casta Verdelho.
Diana Silva apostou em parcerias com seis pequenos viticultores das duas principais zonas produtoras da região: Estreito de Câmara de Lobos (na costa sul) e São Vicente (na costa norte). Os vinhos são produzidos na Adega de São Vicente, a terra que acredita ser das mais apropriadas para a Tinta Negra, que considera a casta de futuro e que mais prestígio trará para os vinhos DOP Madeirenses. “Nenhuma casta, ao longo dos séculos, se adaptou tão bem como a Tinta Negra. É a nossa casta e produz vinhos únicos, ímpares”, diz a produtora.
O Ilha DOP Madeirense tem uma produção anual de cerca de 15 mil garrafas, divididas entre várias referências, com destaque para o Ilha Tinta Negra Blanc de Noirs, o Ilha Tinta Negra Tinto e o Ilha Verdelho.
Entrada na Vinalda
José Espírito Santo afirma que “a entrada na Vinalda deste projeto, em tudo inovador, é mais uma prova que estamos, cada vez mais, a apostar e apoiar jovens e pequenos produtores com projetos locais, de terroir, diferenciados de qualidade”. O diretor geral da distribuidora de vinos e bebidas espirituosas defende que “as grandes distribuidoras têm uma função importante em facilitar o acesso ao mercado de pequenos produtores que, de outra forma, teriam mais dificuldades”.
Por seu lado, Diana Silva assume que “é um orgulho enorme ter o nosso jovem projeto a ser distribuído pela mais antiga e icónica distribuidora portuguesa. Não poderia estar mais feliz por integrar uma estrutura como a Vinalda. É uma empresa de referência, que tem vindo a reforçar a sua força e modernização”.